Entidades canónicas foram alvo de buscas judiciais
Lisboa, 23 mar 2016 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa reagiu hoje em comunicado às notícias sobre buscas por parte de entidades judiciais a instituições canónicas na sua área de jurisdição, chamando os seus responsáveis a “cooperar integralmente” com a Justiça.
“O Patriarcado de Lisboa, como em todas as ocasiões, entende ser dever dessas pessoas jurídicas canónicas cooperar integralmente com as autoridades competentes no apuramento da verdade”, refere a nota de imprensa enviada à Agência ECCLESIA.
Os responsáveis revelam ter tido “conhecimento pela comunicação social” destas buscas, “no âmbito de uma denúncia sobre a prática, menos correta, de atos administrativos”.
Ainda hoje, a direção da Casa do Gaiato de Lisboa solidarizou-se com o presidente da instituição, padre Arsénio Isidoro, esperando que "rapidamente a justiça clarifique o manto de suspeição sobre ele levantado".
Em comunicado, a direção da instituição informa que esta manhã foram efetuadas buscas à Casa do Gaiato de Lisboa, em Santo Antão do Tojal, e que a instituição "manifestou total disponibilidade" para colaborar com as autoridades.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou que constituiu dois arguidos pela “presumível prática de crimes de peculato”, no âmbito da Operação ‘Veritas’.
A Unidade Nacional de Combate à Corrupção deu cumprimento a dez mandados de busca e apreensão.
Segundo nota da PJ, a investigação, iniciada em meados de 2014, tem por objeto “a presumível prática de atos de gestão fraudulenta de entidades privadas com utilidade pública consubstanciados em apropriações indevidas para aquisição de bens de luxo”.
A Casa do Gaiato de Santo Antão do Tojal foi assumida pela Diocese de Lisboa há cerca de uma década, a pedido da chamada Obra de Rua, criada pelo padre Américo, e destina-se à educação e reintegração de crianças e jovens em risco.
OC