Justiça está primeiro que a caridade

Só se pode fazer apelo à esperança depois de satisfeitas as necessidades básicas do ser humano, observa D. Ilídio Leandro

Viseu, 08 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo de Viseu considera que a concretização da justiça precede a ação caritativa e que só se pode fazer apelo à esperança depois de satisfeitas as necessidades básicas do ser humano.

“Cumprida a justiça – que não tolera a violação de direitos fundamentais nem atentados à dignidade básica e que não é compatível com qualquer tipo de corrupção – viva-se a caridade”, aponta D. Ilídio Leandro na mensagem para a Quaresma, enviada à Agência ECCLESIA.

Só depois de cumprir a caridade, que “é cara e custa (também dinheiro)”, é que se pode “fazer apelo à esperança, pois a esperança sem caridade e sem fé é mandar aquecer quem tem frio e mandar comer quem tem fome, sem dar a necessária e indispensável ajuda”, assinala o texto.  

A Nota Pastoral salienta que a caridade, que consiste no “amor real e verdadeiro ao próximo”, cumpre-se na “atenção ao outro, começando pelo mais carenciado, pela compaixão de cura e de proximidade, pela partilha generosa e pelo amor personalizante”.

D. Ilídio Leandro anuncia que uma ou mais instituições da diocese que tenham em conta as suas “urgentes prioridades” vão receber metade da Renúncia Quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo.

Os restantes 50 por cento serão enviados para alguns dos projetos submetidos a apreciação por parte de missionários oriundos da Diocese de Viseu que estão espalhados pelo mundo.

“Apela-se à generosidade dos cristãos que, como deve acontecer e sempre tem acontecido, são convidados a viver o jejum e a abstinência quaresmais como as formas cristãs de se fazerem próximos de quem mais precisa”, conclui o prelado.

A Quaresma, que este ano começa a 13 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, é um período de 40 dias em que os católicos são chamados a práticas penitenciais para preparar a Páscoa, a festa mais importante do calendário cristão que assinala a ressurreição de Jesus.

RJM

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Agência ECCLESIA

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