Responsáveis do Grande Rabinato de Israel e do Vaticano lançaram ontem um apelo pela paz no Médio Oriente, numa declaração conjunta publicada pela Santa Sé. “Apelamos a todos os crentes que coloquem de lado as armas da guerra e da dstruição, para procurar a paz”, sublinha o texto final de um encontro de três dias mantido entre a Comissão conjunta da delegação do Rabino chefe para as relações com a Igreja Católica e a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com os Judeus. Os participantes expressaram «o seu profundo apreço pelos francos pronunciamentos emanados pela Santa Sé para condenar a violência contra inocentes e para denunciar o ressurgimento actual de manifestações de anti-semitismo». No momento em que a Comissão judaico-católica se encontrava reunida, em Roma, João Paulo II lançou um apelo onde convidava «todos os homens e mulheres de boa vontade a unir suas vozes à minha quando repito que o santo nome de Deus nunca deve ser utilizado para incitar a violência ou o terrorismo, para promover o ódio ou a exclusão». «Como líderes religiosos, compartilhamos a pena e a dor de todos os que sofrem na Terra Santa hoje, indivíduos, famílias e comunidades, e expressamos garantias de nossa fervorosa esperança, orações pelo final dos sofrimentos e atribulações nesta terra que é santa para todos nós», afirmam os signatários do documento. Os responsáveis das duas religiões pretendem fomentar o respeito mútuo, baseado nas raízes comuns às suas comunidades, sublinhando “a relevância dos ensinamentos centrais das Sagradas Escrituras que compartilhamos para a sociedade contemporânea e para a educação de futuras gerações”. Notícias relacionadas • O nome de Deus não justifica actos terroristas
