Catequista do Patriarcado de Lisboa, que integra Departamento da Catequese no SNEC, vai ser instituída neste ministério por Leão XIV

Lisboa, 26 set 2025 (Ecclesia) – Rita Santos, do Departamento da Catequese do Secretariado Nacional de Educação Cristã (SNEC), vai ser instituída este domingo como catequista, por Leão XVI, destacando o papel destes ministros na comunidade.
“Sem catequese, a comunidade vai morrer. Este ministério vem mostrar que os padres são muito precisos, mas não são só eles que fazem a comunidade evoluir e acontecer”, disse à Agência ECCLESIA, a respeito do Jubileu dos Catequistas, que se inicia hoje no Vaticano.
A entrevistada sublinha que a catequese está na sua vida “desde sempre”, tendo sido catequista na paróquia de Algueirão, Patriarcado de Lisboa, coordenadora vicarial, membro da Equipa Diocesana e agora colaboradora do SNEC, na revisão dos novos recursos.
“Sinto que, na minha missão, Nosso Senhor me foi dando sempre mais uma função, mais uma coisa, mas não sinto isso como um prémio”, indica.
O nosso papel como catequistas é, nesse sentido da comunidade, ter uma continuidade, saber que vai acontecer se existirem catequistas que estejam dispostos a levar Jesus a estas crianças que também nos são confiadas.”
Rita Santos admite grande emoção pela celebração de domingo, com o Papa, junto de outra portuguesa, Elisabete Nunes, que se vão somar a Fátima Castro, primeira catequista instituída em Portugal, na Arquidiocese de Braga (em janeiro deste ano).
“É mais uma missão. De facto, também acho que acaba por ser uma força que impele aqui, na nossa Igreja, para perceber que há outros que também têm que estar neste caminho, que devem estar. Há muitos que até já o fazem, já o são, mesmo sem ter a instituição”, indica a entrevistada.
O Papa vai presidir este domingo, pelas 10h00 (09h00 em Lisboa) à Missa com instituição de 39 leigos e leigas de 16 países, incluindo Portugal, no ministério de catequista.
“Os candidatos ao ministério laical do catequista, que receberão do Papa também o crucifixo como sinal da sua vocação especial, são provenientes da Itália, Espanha, Inglaterra, Portugal, Brasil, México, Índia, Coreia do Sul, Timor-Leste, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Estados Unidos, Moçambique, Brasil, Peru e República Dominicana”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA, pelo Dicastério para a Evangelização (Santa Sé).
A celebração encerra o Jubileu dos Catequistas, que decorre em Roma a partir de sexta-feira, reunindo mais de 20 mil peregrinos de 115 países.
O encontro, no Ano Santo, começa com as peregrinações dos catequistas à Porta Santa da Basílica de São Pedro, esta manhã, e com a vigília de oração, pelas 18h30 (menos uma em Lisboa), sob a presidência de D. Rino Fisichella, pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização.
Portugal participa com mais de 800 catequistas das várias dioceses do país e responsáveis do SNEC.
Na manhã de sábado, a delegação nacional promove a celebração da Missa na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma.
OC
Em maio de 2021, o Papa Francisco decidiu instituir o ministério de catequista, na Igreja Católica, através da carta apostólica (Motu Proprio) ‘Antiquum ministerium’. A decisão diz respeito a homens e mulheres que não pertencem ao clero nem a institutos religiosos, reconhecendo de forma “estável” o serviço que prestam na transmissão da fé, “desempenhado de maneira laical como exige a própria natureza do ministério”. A carta apostólica refere que o catequista deve estar ao “serviço pastoral da transmissão da fé” que se desenvolve nas suas diferentes etapas, desde o “primeiro anúncio” à formação permanente, passando pela preparação para os sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia). O Jubileu, com raízes no ano sabático dos judeus, consiste num “perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”. Esta indulgência implica obras penitenciais, incluindo peregrinações e visitas a igrejas. O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos. O atual Ano Santo começou com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, na vigília do último Natal, pelo Papa Francisco. |