Jubileu: Salmos são um «livro de orações por excelência», afirmou D. Virgílio Antunes (c/vídeo)

Bispo de Coimbra refletiu sobre o tema «Orar com os salmos» no Carmelo de Coimbra, no âmbito da preparação do Jubileu 2025

Coimbra, 19 jun 2024 (Ecclesia) – D. Virgílio Antunes afirmou hoje no Carmelo de Coimbra que a clausura é “um sinal da importância da oração como respiração da fé e da vida” e disse que os salmos são um livro de orações “por excelência”.

Na segunda catequese realizada no âmbito do ano de preparação do Jubileu 2025, o bispo de Coimbra  fez uma reflexão sobre o tema “Orar com os salmos”, lembrando que “são mais do que um livro de doutrina”.

Foto Agência ECCLESIA/PR

“Os salmos exprimem a mentalidade dos fiéis do tempo concreto em que foram elaborados e têm sempre a força de exprimir sentimentos e realidades presentes na vida da humanidade de todos os tempos”, afirmou.

O Livro dos Salmos é composto por 150 textos, a maioria “atribuídos ao Rei da David” por se ter tornado uma “personagem muito relevante na História de Israel”, e foram escritos entre os séculos VIII e II antes de Cristo, quando “foi ganhando corpo o culto organizado em Israel”.

O bispo de Coimbra, biblista, disse que os Evangelhos colocam Jesus a citar os salmos 75 vezes e indicou que o “louvor a Deus” e a “súplica” são as duas “atitudes fundamentais” do conjunto dos salmos.

“Os salmos constituem uma fonte inesgotável da oração individual, porque exprimem os mais variados sentimentos daquele que reza, também nas situações existenciais mais variadas”, sublinhou.

Nunca é uma pessoa ideal que reza, nunca é uma pessoa abstrata que reza, é sempre o ser humano marcado pelas suas experiências felizes ou infelizes”.

O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse que, nos salmos, “encontra-se sempre uma procura e uma resposta” e “nunca se cai no desespero”.

Foto Agência ECCLESIA/PR

Numa Nota Pastoral publicada a 19 de maio, solenidade de Pentecostes, a CEP convidou as comunidades católicas a celebrar o Ano de Oração convocado pelo Papa, rumo ao Jubileu 2025, sob o lema “Peregrinos de Esperança”.

O Dicastério para a Evangelização (Santa Sé) preparou oito ‘Apontamentos sobre a Oração’ como apoio à vivência deste ano, que a CEP, em cooperação com as Edições Paulinas, a Agência ECCLESIA e o Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa, vai divulgar em oito fascículos, acompanhados de “folhetos pedagógicos para ajudar à reflexão”.

De maio a dezembro deste ano são divulgados os temas, com catequeses a partir das dioceses.

No Carmelo de Coimbra, local da segunda catequese, sobre o tema “Orar com os salmos”, D. Virgílio Antunes valorizou quem assume, “como vocação e como missão”, rezar permanentemente “pela Igreja e por toda a humanidade”.

Foto Agência ECCLESIA/PR

“A clausura é de uma forma muito especial, um sinal da importância da oração como respiração da fé e da vida, dos seus membros de todos os outros membros da humanidade”, afirmou.

Diante das religiosas que fazem parte do Carmelo de Coimbra, o bispo diocesanos referiu-se à clausura como “expressão do grito de louvor e de súplica de todos, daqueles que creem e daqueles que não creem”.

A próxima catequese será proferida por D. José Ornelas, na Diocese de Leiria-Fátima, em data a anunciar, no mês de julho.

 

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