D. Manuel Quintas destacou a afluência diocesana à abertura do Jubileu 2025: «Nunca me lembro de ver a nossa catedral tão cheia»
Faro, 30 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo do Algarve presidiu à celebração diocesana de abertura do Ano Santo 2025, “um tempo de graça e de renovação pessoal e eclesial”, e afirmou que “o mundo de hoje tem necessidade da luz da esperança”.
“O mundo de hoje tem necessidade da luz da esperança, particularmente onde as trevas parecem obscurecer a vida e destruir os sonhos. Assumamo-nos como semeadores de esperança, como portadores da luz que nos trouxe Cristo ressuscitado, mais forte do que toda a espécie de mal”, disse D. Manuel Quintas, este domingo, na homilia na Sé de Faro, citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
O bispo do Algarve desejou que o Ano Santo 2025, o Jubileu centrado na esperança, possa “constituir para todos um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, verdadeira ‘porta’ de salvação”, que a Igreja tem por missão “anunciar sempre, em toda a parte e a todos”.
“Não adianta abrir a porta da nossa catedral se a ‘porta’ do nosso coração continuar fechada à força renovadora do Espírito”, alertou.
D. Manuel Quintas explicou que o Jubileu, o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica, é “um tempo de graça e de renovação pessoal e eclesial”, salientando que é uma oportunidade para revitalizarem “a fé e a missão como Igreja no Algarve”.
O responsável diocesano, a partir do programa pastoral da Diocese do Algarve, explicou que “viver e agir ‘Alegres na Esperança’, é a redescoberta” que as comunidades algarvias são chamadas a fazer “neste contínuo caminho de renovação”.
“Estou certo de que o caminho interior a que o Jubileu nos convida, se o percorrermos com a coragem pedida, facilitará inclusivamente a aplicação do documento final do último Sínodo”, realçou.
D. Manuel Quintas convidou cada um a assumir-se “verdadeiramente como peregrinos”: “Que buscam constantemente a esperança, apesar das dificuldades; que procuram um amor que une e transforma”.
“Peregrinos duma esperança que não se confunde com uma espécie de consolação e o desejo da chegada de ‘tempos melhores’”, assinalou, realçando que a esperança “mantém-nos vivos”.
A celebração de abertura do Jubileu 2025 na Diocese do Algarve começou na igreja matriz de São Pedro e terminou na Sé, com uma multidão constituída por pessoas de todas as paróquias algarvias, que levou D. Manuel Quintas a partilhar que não se lembrava de “ver a catedral tão cheia nos já muitos anos no Algarve”.
“É possível que esta seja uma presença mais expressiva e significativa da Igreja que somos; isso é um bom sinal que nos motiva a todos – a começar por mim – a prosseguirmos nesta peregrinação a que o Papa nos convida neste Ano Jubilar de 2025”, desenvolveu.
O bispo diocesano assinalou também a presença de “muitos jovens” presentes, e realçou a sua “importância na Igreja diocesana”.

No início da celebração, na igreja de São Pedro, D. Manuel Quintas explicou que a peregrinação é “um elemento fundamental do jubileu”, pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura de “um sentido maior para a sua vida”.
A Eucaristia de abertura do Jubileu 2025 na Diocese do Algarve foi concelebrada por D. António Carrilho, bispo emérito do Funchal, natural desta Igreja diocesana, e por D. Manuel dos Santos, bispo emérito de São Tomé e Príncipe, ao serviço nesta diocese, e como a quase totalidade de sacerdotes presentes nesta região, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.
CB/OC