Grupos da diocese passam por vários percursos, antes de chegar a Roma
Carlos Borges, enviado da Agência ECCLESIA ao Jubileu dos Jovens
Roma, 28 jul 2025 (Ecclesia) – Filipe Correia, da paróquia de Macinhata do Vouga, na Diocese de Aveiro, disse hoje à Agência ECCLESIA que a experiência do Jubileu dos Jovens vai permitir viver uma “Igreja sem fronteiras”.
“Somos todos iguais, a viver de uma maneira diferente Jesus Cristo, e é uma oportunidade conhecer essa realidade de povos tão bonitos. O que nos faz ser únicos, uma Igreja única, católica, é acreditar no mesmo Jesus Cristo”, referiu o coordenador do grupo de jovens da paróquia, já na Praça de São Pedro.
Os 10 peregrinos incluem quatro pessoas que viveram a JMJ Lisboa 2023, que é a base para as expectativas do que vai acontecer esta semana, na capital italiana.
“Acredito que eles vão sair daqui totalmente diferentes”, indica Filipe Correia, para quem é fundamental mostrar aos jovens que se trata de uma “peregrinação”.
Daniela Abreu, de 21 anos, viveu a JMJ e os “Dias nas Dioceses”, que a antecederam, há dois anos, recordando em particular a “diversidade de culturas”.
“Aprendemos uns com os outros, até para melhorar”, observa, realçando que a experiência vivida em 2023 “incentivou também os jovens portugueses a ir e a acreditar”.
O caminho para Roma fez-se com várias iniciativas, ligadas ao financiamento da peregrinação e também à explicação, junto da comunidade paroquial, do que significava esta celebração do Ano Santo.
Já no Vaticano, Daniela Abreu mostrou-se “impressionada” pela “calma, a paz” que se vive, mesmo no meio de milhares de jovens e da natural confusão com a chegada de peregrinos dos cinco continentes.
Para Carlota Santos, de 16 anos, esta viagem é uma estreia e representa o desafio de sair da “zona de conforto”.
A jovem peregrino admite que, entre as pessoas da sua idade, existe algum “julgamento” sobre o que é ser católico.
“Nem todos têm noção do que ocorre à volta da igreja, das coisas que nós realizamos fora da igreja, das experiências que nós temos a partir desse ponto”, declara.
Um dos desejos partilhados é “ver o Papa”, no primeiro encontro de Leão XIV com a juventude católica de todo o mundo.
A Diocese de Aveiro tem, na Itália, cerca de uma centena de jovens no projeto A.U.R.A (Aveiro.Umbria.Roma.Aveiro) constituído por peregrinos das paróquias de Esgueira, Paradela do Vouga, Ílhavo, Vale Maior, Cacia e Nossa Senhora de Fátima, juntamente com os seminaristas, acolhidos em Bolsena, na Diocese Orvieto-Todi.
“O projeto nasceu da alegria de termos vivido na Diocese de Aveiro, por ocasião da JMJ 2023, os dias na Diocese onde acolhemos alguns dos jovens que agora nos acolhem na região da Umbria, antes de rumarmos a Roma”, explica uma nota da diocese.
O Jubileu dos Jovens decorre em Roma de 28 de julho a 3 de agosto e conta com 11 527 participantes portugueses.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
CB/OC
Jubileu: Milhares de jovens chegam a Roma para uma das maiores celebrações do Ano Santo