Depois dos dias em Roma, jovens participaram em Via-Sacra, procissão das velas e Missa no santuário mariano

Lourdes, França, 05 ago 2025 (Ecclesia) – Os peregrinos do Patriarcado de Lisboa, que participaram no Jubileu dos Jovens, em Roma, fizeram esta segunda-feira uma paragem no Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em França, no regresso a casa.
O grupo acompanhou em oração a Via-Sacra no Santuário mariano durante a tarde, durante a qual o patriarca de Lisboa convidou os cerca de 500 jovens a darem o seu ‘sim’ a Deus, informa o Patriarcado de Lisboa.
“Em cada estação, Jesus dá alguma coisa”, afirmou D. Rui Valério.
Aludindo ao Papa Leão XIV, o patriarca de Lisboa desafiou a “olhar e percorrer a Via-Sacra como um caminho de doação”.
“De facto, o grande mistério da Via-Sacra é a doação: em cada estação, Jesus dá algo. Jesus começou por dar as roupas, depois deu o seu olhar, depois deu a sua palavra, o seu conforto, a sua força, a sua cruz (com o Cireneu)”, salientou.
“Deu a Sua mãe, deu a Sua Igreja. Deu-Se totalmente e deu inclusivamente a filiação, porque nos fez filhos de Deus. No final, Jesus entregou-se totalmente ao Pai: ‘Nas tuas mãos entrego o meu espírito’”, acrescentou D. Rui Valério.
O patriarca de Lisboa associou também a Via-Sacra à vida concreta dos jovens.

“Em cada estação, também nós damos o nosso próprio ser, a nossa própria força, a nossa própria vida”, para que cada jovem “dê a Deus o seu ‘Sim’, o ‘Sim’ para viver a santidade, para viver o Evangelho”, referiu.
D. Rui Valério convocou a ver a Via Sacra como o momento em que se torna claro que há duas histórias que acontecem paralelamente.
“Uma é a história da violência e do ódio, em que um inocente é morto. É a história da força das armas, da intolerância e da injustiça”, indicou, acrescentando que existem também “a história do Justo Sofredor, a história do perdão, em que o protagonista é Jesus Cristo, o Filho de Deus”.
“Nestas duas histórias, encontramos a situação do cristão no mundo, quando está diante das guerras, como em Gaza e na Ucrânia. É neste mundo que somos chamados a fazer acontecer aquela outra história, a história dos filhos de Deus”, realçou.
No final, o patriarca de Lisboa destacou que apesar de uma história ter implicação na outra, “é a história do amor, do bem e da vida que sai vencedora na Ressurreição”.
“O fundamento da esperança é a certeza de que o bem vence, porque é uma história protagonizada pelo Filho de Deus”, concluiu.
Já à noite, os jovens do Patriarcado de Lisboa participaram na procissão das velas, no santuário mariano, acompanhada pela oração do terço.
No final da oração, D. Rui Valério depositou, em frente à imagem de Maria, as orações e as intenções escritas que as pessoas, ao longo de todo o dia, deixaram nuns recipientes próprios.
Depois da procissão das velas, seguiu-se a celebração da Eucaristia, na gruta do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, onde em 1858, a jovem camponesa Bernadette Soubirous viu a Virgem Maria, que se apresentou como a Imaculada Conceição, assinala o Patriarcado de Lisboa.
Os jovens de Lisboa pernoitaram no santuário mariano e está previsto que cheguem à capital portuguesa na tarde desta terça-feira.
Um grupo de mais de 1600 peregrinos deste Patriarcado viajou em 31 autocarros rumo ao Jubileu dos Jovens, em Roma, que se realizou de 28 de julho a 3 de agosto.
Este foi um dos eventos centrais do Ano Santo, convocado pelo Papa Francisco e continuado por Leão XIV, e contou com 11 527 participantes portugueses, a maior delegação num evento do género, no estrangeiro.
LJ/OC