Sacerdote olha para o encontro de profissionais da comunicação como uma oportunidade de «ganhar forças» e «energias» para «continuar a caminhar»
Cidade do Vaticano, 25 jan 2025 (Ecclesia) – O padre Francisco Barbeira, diretor do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais da Guarda, destacou a importância de levar a esperança ao público, no contexto do Jubileu das Comunicação, o primeiro grande evento do Ano Santo.
“Olho para este momento como um momento de muita esperança porque o mundo da comunicação está numa transformação muito grande e, se nós não soubermos acompanhar, acabamos por ficar para trás. E é importante que saibamos levar também a esperança às pessoas para quem comunicamos”, afirmou o diretor do Jornal “A Guarda”, em declarações à Agência ECCLESIA.
O padre Francisco Barbeira é um dos cerca de 40 comunicadores de Portugal – jornalistas, colaboradores de jornais, de rádios e de gabinetes de imprensa, e responsáveis pelo setor da comunicação na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) – que participam no Jubileu do Mundo das Comunicações, que decorre no Vaticano até domingo.
O sacerdote revela que foi a pensar naqueles que depositam a “confiança” nos meios de comunicação da diocese que decidiu participar no primeiro grande evento do Ano Santo.
“Há muita gente que continua a olhar para os meios de comunicação social ligados à Igreja como fiáveis e, por isso, nós também devemos estar a par de tudo aquilo que vai acontecer”, indicou.
O padre Francisco Barbeira descreve que a participação neste Jubileu é uma forma de “ganhar forças” e “energias” para “continuar a caminhar”.
“O Jubileu que estamos a viver, eu vejo como um momento de encontro e como uma forma de encontro com o amor de Deus para nós e também como uma forma de peregrinar na esperança. E, às vezes, nós esquecemos de que estamos num mundo muito cansado de caminhar”, referiu.
O diretor do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais da Guarda convidou a olhar para o Jubileu da Comunicação como uma forma de ter “o amor e a peregrinação” presentes na vida.
O Jubileu da Comunicação é o primeiro grande evento do Ano Santo e, segundo o diretor do Jornal “A Guarda” isto significa que esta é uma área que “tem um papel importantíssimo na vida dos homens”.
“Ao comunicarmos a esperança, estamos também a abrir caminho para que este Jubileu possa ser um Jubileu de esperança para todas as pessoas que vão passando pelas nossas comunicações, pelos nossos meios de comunicação”, destacou.
Perante um contexto internacional marcado por guerras, o sacerdote considera que comunicar a esperança “é um desafio muito grande para todos”.
“É importante que nós olhemos de forma muito especial para a pessoa em si. Eu gostava muito que este Jubileu chegasse a todos os lugares. E tenho um certo receio de que possa ficar apenas por aqueles que são mais instruídos e que não chegue, de facto, àquelas camadas mais afastadas, se calhar, e que não estão tão atentas a esta realidade”, assinalou.
O padre Francisco Barbeira considera que as “propostas de esperança, neste mundo tantas vezes desavindo, podem ser um incentivo” a que todos vivam a fé e a comunicação “de forma diferente”.
A Diocese da Guarda, através do site, tem oferecido subsídios para viver o Jubileu 2025, centrado no tema “Peregrinos de Esperança”, havendo um destaque especial para este Ano Santo.
“O próprio Jornal da Guarda, que é o órgão oficial da Diocese, também tem destacado bastante tudo aquilo que tem a ver com o ano, com este ano santo, com este Jubileu. E, de facto, o nós estarmos aqui também é sinal de que estamos atentos àquilo que se vai passar”, assinalou.
O padre Francisco Barbeira informa que cada um dos arciprestados da diocese é convidado a fazer a própria peregrinação à Catedral e que isso tem sido divulgado.
Além disso, o padre Francisco Barbeira afirma que o Jornal “A Guarda” vai procurar transparecer histórias de esperança neste Ano Santo.
“Há muita gente que está esquecida. E o facto de nós, como comunicadores, irmos buscar pequeninas histórias e as anunciarmos aos outros, não só vem reavivar algumas memórias, como também nos vem chamar a atenção para algumas realidades que estão a ser postas completamente de lado”, afirmou.
“O jornal tem de olhar também para cada momento e para cada pessoa como sendo única. E se assim não fizer, de certeza que não estamos a cumprir o nosso papel”, acrescentou.
Sobre a importância do Ano Santo para uma maior relação com outros meios de comunicação que não pertencem à Igreja, o diretor do Jornal “A Guarda” deu conta que tem dialogado com eles e que já foram convocados para um encontro para apresentar tudo aquilo que está a acontecer relacionado com o Jubileu 2025.
“Motivámo-los para participarem no Jubileu da Comunicação, não conseguimos. Também compreendo, porque neste momento os jornais, as rádios locais vivem momentos difíceis, em termos económico-financeiros”, explicou.
O Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja, foi proclamado pelo Papa Francisco na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), teve início no dia 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, e termina no dia 6 de janeiro de 2026.
LJ/OC