Jubileu: D. Nuno Brás deixa apelo à «esperança que gera futuro» e aponta a 2033

Diocese do Funchal destacou ano em que procurou «não deixar ninguém para trás»

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Funchal, Madeira, 29 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu este domingo ao encerramento solene do Ano Jubilar, afirmando que a fé é a “herança maior do cristão” e desafiando a diocese a caminhar com esperança rumo ao próximo grande jubileu da Redenção, em 2033.

“Abraão acreditou no Senhor, não porque os factos o favorecessem, mas porque era Deus a fazer-lhe a promessa”, afirmou D. Nuno Brás, na Missa celebrada na catedral madeirense, sublinhando que o “verdadeiro bem não está no ter, mas no ser da fé”.

Perante uma assembleia numerosa, que incluiu as principais autoridades do arquipélago, o bispo do Funchal centrou a homilia na figura bíblica de Abraão, apresentando-o como o paradigma de quem confia em Deus “para além das evidências humanas”.

Para o responsável católico, esta promessa continua atual e dirige-se hoje aos cristãos madeirenses.

“É a nós que é dirigida a promessa feita a Abraão. A fé continua a ser fonte de vida, de caridade e de esperança, porque é Deus a trabalhar e a transformar o coração do mundo”, declarou.

No final da celebração, o cónego Rui Pontes, em nome da comissão organizadora, fez o balanço de um ano em que a diocese procurou “envolver todos, todos, todos”, evocando as peregrinações que percorreram as ilhas da Madeira e do Porto Santo.

“O ano jubilar recolhe-se ao silêncio da história, mas ergue-se diante de nós a memória luminosa de um tempo de graça”, referiu o sacerdote, destacando como frutos a “fé reanimada, a comunhão fortalecida e a caridade feita presença concreta”.

Na sua intervenção, o bispo do Funchal situou o Jubileu de 2025 numa longa história de evangelização que chegou ao arquipélago e projetou o futuro da missão da Igreja, apontando já para as celebrações dos dois mil anos da Redenção.

“Mais do que olhar para o passado, urge caminhar em direção Àquele que é o princípio e o fim do nosso peregrinar: Jesus Cristo”, afirmou D. Nuno Brás, citado pelo ‘Jornal da Madeira’.

O prelado reconheceu que “a tarefa continua enorme”, mas insistiu que a “Boa Notícia tem de chegar a todos”.

Antes da bênção final, D. Nuno Brás agradeceu às autoridades públicas, padres, religiosos e leigos que tornaram possível a vivência deste ano, pedindo uma salva de palmas para todos os envolvidos.

“Vivemos este ano com entusiasmo e com esperança. Que o Senhor nos faça peregrinos de esperança, não apenas neste ano que passou, mas ao longo de toda a vida”, concluiu.

Convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), o Ano Santo encerrou-se este domingo nas dioceses de todo o mundo.

O 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciado na Noite de Natal de 2024, terá a sua conclusão a 6 de janeiro de 2026, no Vaticano, sob a presidência de Leão XIV, com o fecho da Porta Santa na Basílica de São Pedro.

OC

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