Jubileu/Aveiro: «Percebemos que a diocese ainda tem muito o espírito jovem», afirma o diretor do Departamento da Pastoral Juvenil

Jovens das paróquias da diocese participaram no encerramento das comemorações do jubileu da Catedral de Aveiro

Aveiro, 13 mai 2024 (Ecclesia) – O diretor do Departamento da Pastoral Juvenil (DPJ) da Diocese de Aveiro destacou este sábado, em entrevista à Agência ECCLESIA, a participação dos jovens no ano jubilar da Catedral de Aveiro, que se encerra hoje.

“Para além de uma pequena equipa do Departamento da Pastoral Juvenil de Aveiro, convidámos sempre os jovens a serem o rosto e a cara. E a verdade é que em todas as peregrinações arciprestais, os jovens eram quase […] o rosto da alegria”, afirmou Tiago Santos.

No sábado iniciaram-se as cerimónias de encerramento do Jubileu dos 600 anos da Catedral, com o acolhimento na Praça da República, seguido de uma caminhada até à Praça Marquês de Pombal, onde foram feitas as apresentações arciprestais.

“Neste dia de encerramento [sábado], o Departamento e os jovens também têm um papel importante, seja na logística, seja ser também o rosto, os momentos culturais e artísticos, e ser também eles parte deste momento que é muito importante para a Diocese, num pós-Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em que também percebemos que a Diocese ainda tem muito o espírito jovem”, realçou Tiago Santos.

Ondina Matos é animadora catequista do 11ºano de catequese de preparação para o crisma, da paróquia de Santo André de Esgueira (Diocese de Aveiro), e dá conta que o ano jubilar foi um acontecimento que foi sendo acompanhado na paróquia, através da peregrinação arciprestal, em março, e não só.

“Nós, de 11º, fizemos uma catequese específica com os nossos jovens para explicar um bocadinho este contexto do que é viver o jubileu e porque é que o estamos a viver”, adiantou a Ondina Matos, que durante seis foi diretora do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Aveiro.

A catequista assume que foi difícil motivar os jovens para “uma atividade que que não é propriamente de cariz juvenil”.

Ao longo do ano jubilar, alargar a noção da Igreja que vai para além dos muros da paróquia foi também um tema introduzido aos mais novos: “A figura de São Pedro esteve muito presente, exatamente para nos orientar para aquilo que somos como igreja de diocesana, igreja de corpo que nos reúne e que nos faz ter um sentido maior para além da paróquia que somos”.

“Não é fácil porque o grupo identifica-se com aquilo que está muito perto deles, com os jovens que estão ao lado deles na paróquia e, portanto, alargar horizontes para fora da paróquia não é nada fácil. Mas nós tentámos um bocadinho fazer isso com os temas que fomos abordando para lhes fazer passar esta mensagem de que nós, para além de paróquia, somos este corpo diocesano”, referiu Ondina Matos.

Questionado sobre a forma como os jovens mantêm acesa a chama da JMJ Lisboa 2023, Tiago Santos abordou a realização da Rota da Juventude, realizada em março, um projeto de escuta dos jovens nas várias regiões da diocese, em que se discerniram os caminhos do futuro.

“Vamos editar um livro de memórias, com fotos e textos, vamos também ter no final de julho um ano dos Dias nas Dioceses, e queremos voltar a relembrar aquilo que vivemos, que é muito emblemático”, revelou Tiago Santos, que ressalta o impacto que a JMJ teve nos jovens.

“Os jovens experimentaram coisas no caminho das jornadas, e durante as jornadas, que não tinham vivido durante a vida, e isso orgulha-nos muito como Diocese”, salienta.

O diretor do Departamento da Pastoral Juvenil da Diocese de Aveiro indica que os jovens estão agora “mais exigentes”, na sequência da experiência da JMJ, que os levou a lidar com dioceses de outros países que trouxeram um testemunho “de dinamismo e de espiritualidade muito interessante”.

Hoje em dia são os próprios jovens a dizer: ‘Era bom que fosse assim na nossa paróquia, no nosso arciprestado e na nossa Diocese’. E é isso que temos implementado. Claro que é um caminho longo que se faz, e não achamos que vai ser de um dia para o outro que isso acontece, mas acima de tudo sabemos, e temos a certeza, que os jovens são bem vistos, e são presença na nossa Diocese, o que nos orgulha muito, porque foi fruto daquilo que fizemos como COD [Comité Organizador Diocesano], e como Departamento Pastoral Juvenil nos últimos anos”.

No dia 13 de maio de 2023, a Diocese de Aveiro celebrou os 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja que hoje é a sua catedral, a igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, ou de São Domingos.

HM/LJ

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