Responsável do Vaticano sublinha início «muito significativo» do Ano Santo, convocado pelo Papa
Cidade do Vaticano, 07 jan 2025 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje que mais de 545 mil peregrinos atravessaram a Porta Santa da Basílica de São Pedro, aberta pelo Papa na noite de 24 dezembro, assinalando assim o Jubileu 2025.
“Apenas duas semanas após a abertura solene do Jubileu Ordinário 2025, a 24 de dezembro, 545 532 peregrinos de todo o mundo já atravessaram a Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Centenas de grupos de fiéis já fizeram a sua peregrinação a partir da nova Piazza Pia, levando a cruz do Jubileu e deslocando-se em oração ao longo da Via della Conciliazione, até chegarem à Basílica”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
O arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), a quem foi confiada a organização do Jubileu, fala de um “início muito significativo, com uma grande afluência de pessoas”.
“Os grupos que enchem a Via della Conciliazione estão a dar um testemunho importante, e isto é também um sinal da grande perceção de segurança e proteção que os peregrinos experimentam na cidade de Roma e à volta das quatro Basílicas Papais”, acrescenta o responsável.
A nota de imprensa elogia a “estreita colaboração” da Santa Sé com as forças de segurança e o Município de Roma.
O Vaticano aponta a um “aumento constante do número de peregrinos”, nas próximas semanas, com a superação de “dificuldades na gestão do fluxo” de pessoas, neste início do Ano Santo.
“O Dicastério está a trabalhar incansavelmente para que os peregrinos sejam acolhidos e vivam uma experiência que corresponda às suas expectativas”, aponta D. Rino Fisichella.
A partir de 5 de janeiro, com a abertura da Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros, os fiéis podem passar pelas quatro portas santas das basílicas papais (São Pedro, São Paulo, São João e Santa Maria), sendo possível fazer a inscrição com antecedência no sítio do Jubileu.
O primeiro grande evento do Ano Santo será o Jubileu da Comunicação, de 24 a 26 de janeiro, reunindo em Roma “milhares de jornalistas, peritos e profissionais da comunicação social”.
O Jubileu, com raízes no ano sabático dos judeus, explica o Vaticano, “consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.
Esta indulgência implica obras penitenciais, incluindo peregrinações e visitas a igrejas.
O Jubileu 2025 coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia, que abordou a data da celebração da Páscoa, e tem uma dimensão ecuménica numa das rotas de peregrinação propostas, o ‘Iter europaeum’, 28 Igrejas que se referem a 27 países europeus e à União Europeia, com alguns templos de outras comunidades cristãs.
O ano santo de 2025 é o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja; o Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
O último jubileu foi o ano santo extraordinário dedicado à Misericórdia (29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), convocado com a Bula ‘Misericordiae Vultus’ do Papa Francisco.
OC
