Jubileu 2025: Vaticano confia nos jornalistas para transmitir «experiência positiva» do Ano Santo – D. Rino Fisichella

Pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização sublinha importância de apresentar mensagem de esperança

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Albufeira, 14 jan 2025 (Ecclesia) – – D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), disse que o Jubileu dos jornalistas, de 24 a 26 de janeiro, quer ajudar a transmitir uma “experiência positiva” do Ano Santo a todo o mundo.

“Queremos que a experiência positiva que os jornalistas tiverem do Jubileu se torne um instrumento para comunicar aos outros a importância do Ano Santo”, indica o colaborador do Papa, em declarações à Folha do Domingo e Agência ECCLESIA.

O primeiro grande evento do Ano Santo será o Jubileu da Comunicação, reunindo em Roma milhares de jornalistas, peritos e profissionais da comunicação social.

O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, organismo da Cúria Romana responsável pela organização dos eventos do Ano Santo, assume que “a comunicação é fundamental para a vida da Igreja”.

“Hoje, acima de tudo, a comunicação passa pelos comunicadores. É por isso que o primeiro grande evento do Jubileu é dedicado aos comunicadores, a todo o mundo da comunicação, especialmente aos jornalistas”, acrescenta.

O programa de três dias foi preparado em diálogo com comunicadores, após uma “resposta muito positiva” sobre a possibilidade de uma celebração específica no contexto do Ano Santo.

“Depois, pensamos que seria importante que os jornalistas de Roma dessem as boas-vindas a todos os jornalistas vindos de diferentes partes do mundo. Dar o sinal de que há uma comunidade em Roma que vive, que trabalha e que, de alguma forma, se sente chamada a acolher aqueles que vêm de fora”, refere ainda D. Rino Fisichella.

O programa inclui, na manhã de sábado, um evento no Auditório Paulo VI com a jornalista Maria Angelita Ressa, autora filipino-americana, Nobel da Paz em 2021, antes do encontro com o Papa Francisco.

Para o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, este momento de diálogo vai “mostrar a capacidade de viver o Jubileu também através do testemunho direto de uma pessoa e também através do intercâmbio entre jornalistas”.

Já no sábado à tarde, em vários espaços de Roma, os participantes são chamados a momentos de debate sobre temas como a paz, a democracia ou a esperança.

“A experiência religiosa do jubileu, que temlugar no sábado de manhã, através de uma peregrinação ao longo de toda a Avenida da Conciliação, combina-se também com a dimensão cultural que terá lugar durante a tarde”, aponta D. Rino Fisichella.

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A conclusão do jubileu do mundo das comunicações coincide com o VI Domingo da Palavra, uma celebração instituída pelo Papa para promover a valorização da Bíblia nas comunidades católicas.

O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização destaca o simbolismo desta coincidência, deixando votos de que “os comunicadores possam ser capazes, na sua profissão, de comunicar a verdade, de não ter pressa nas notícias, mas ter a capacidade de refletir também sobre as consequências das notícias que são dadas”.

O colaborador do Papa é um dos oradores das jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal, que decorrem até quinta-feira, em Albufeira.

‘Tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero’ é o tema desta iniciativa que reúne participantes das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, organizada pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE).

“Hoje, torna-se para nós, sobretudo, uma responsabilidade, porque na decadência que se experimenta nos vários sectores da existência pessoal e social, é urgente e necessário que se levantem as vozes daqueles que levam uma palavra e um sinal de esperança verdadeira. O que é a esperança?”, referiu D. Rino Fisichella, na sua primeira conferência.

O Jubileu, com raízes no ano sabático dos judeus, consiste num “perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.

Esta indulgência implica obras penitenciais, incluindo peregrinações e visitas a igrejas.

O ano santo de 2025 é o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja; o Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.

O último jubileu foi o ano santo extraordinário dedicado à Misericórdia (29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), convocado com a Bula ‘Misericordiae Vultus’ do Papa Francisco.

SM/OC

 

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