Dicastério para a Evangelização destaca preocupação com a Casa Comum, na utilização de material reciclado e ecossustentável
Cidade do Vaticano, 10 jan 2024 (Ecclesia) – O Dicastério para a Evangelização da Santa Sé, através da secção responsável pelas questões fundamentais da evangelização no mundo, apresentou a ‘Mochila do Peregrino’, que faz parte do kit do peregrino do Jubileu 2025.
“Sei bem como uma mochila pode ser útil durante uma peregrinação e como é importante preservá-la, com os sinais do tempo e do desgaste, como uma testemunha cheia de lembranças daqueles dias de oração e reflexão, cheios de emoções e, portanto, inesquecíveis”, disse o pró-prefeito deste organismo, D. Rino Fisichella, sobre a mochila apresentada esta segunda-feira.
O Dicastério para a Evangelização informa que a Mochila Oficial do Peregrino para o próximo Jubileu de 2025 e “todos os acessórios” que compõem o kit do peregrino deste Ano Santo – chapéu de aba larga, lenço, garrafa de água, poncho impermeável, um terço de pulso – foram confecionados com componentes reciclados e ecossustentáveis.
O organismo da Santa Sé desta que, desde o início do pontificado, o Papa Francisco chama a atenção para o cuidado do planeta, a encíclica ‘Laudato Sí’, de 2015, e a exortação apostólica ‘Ladate Deum’, de 2023, têm convocado a Igreja e a sociedade para uma resposta pessoal e comunitária para o cuidado da Casa Comum.
A ‘Mochila Oficial do Peregrino’ para o Jubileu de 2025 vai ser produzida pela empresa italiana ‘Stegip4’, de Roma; o fundador e CEO, Stefano D’Ambrosio, explicou que através da mochila quiseram contar o lema o Jubileu 2025, ‘Peregrinos da Esperança’, “como um convite a reconstruir um clima de esperança e confiança para olhar positivamente para o futuro”, divulga o Dicastério para a Evangelização.
O Ano Santo 2025 tem também uma aplicação, a app ‘Iubilaeum25’, com informações, notícias, uma ferramenta para inscrição nos eventos do Ano Santo, nas peregrinações à Porta Santa e ter o ‘cartão do peregrino’ gratuito, disponível em seis idiomas, incluindo em português, para os sistemas operativos iOS e Android.
O jubileu, com as celebrações jubilares a terem início já no próximo Natal, coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia, que abordou a data da celebração da Páscoa, e terá uma dimensão ecuménica numa das rotas de peregrinação propostas, o ‘Iter Europaeum’, 28 Igrejas que se referem a 27 países europeus e à União Europeia, com alguns templos de outras comunidades cristãs.
Este será o 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja; foi o Papa Bonifácio VIII quem, em 1300, instituiu o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixada de 25 em 25 anos.
O último jubileu foi o Ano Santo extraordinário dedicado à Misericórdia (29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), convocado com a Bula ‘Misericordiae Vultus’ do Papa Francisco, cuja coordenação foi também confiada a D. Rino Fisichella.
Esta segunda-feira, na audiência de apresentação de cumprimentos de Ano Novo, pelos membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé, o Papa Francisco explicou que “na tradição judaico-cristã, o Jubileu é um tempo de graça para experimentar a misericórdia de Deus e o dom da sua paz”.
CB/OC