Diretor do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa sublinha simbolismo do primeiro grande evento do Ano Santo
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Lisboa, 23 jan 2025 (Ecclesia) – O diretor do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa disse à Agência ECCLESIA que a celebração do Jubileu dos profissionais do setor, no Vaticano, é um desafio à transmissão de “valores” num mundo em mudança.
“Os valores cristãos influem numa ética da comunicação, que é sempre preciso construir por todos os membros envolvidos não só na comunicação em geral, mas na missão da comunicação da Igreja em particular”, refere o padre Ricardo Figueiredo.
De 24 a 26 de janeiro, milhares de jornalistas e comunicadores peregrinos vão estar em Roma para atravessar a Porta Santa, encontrar-se com o Papa e participar em várias iniciativas religiosas e culturais.
O diretor do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa integra a comitiva portuguesa que participa no evento, com profissionais de jornais, de rádios e de gabinetes de imprensa, bem como responsáveis pelo setor na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Para o padre Ricardo Figueiredo, a escolha do setor da comunicação para o primeiro grande evento do ano jubilar mostra “a grande estima e diligência que a Igreja tem pelo mundo da comunicação, em geral, e pelos comunicadores, em particular, cada pessoa individual, amada de Deus”.
Sublinhando que a sociedade “vive grandes e rápidas mudanças”, que afetam a área da comunicação, o sacerdote saúda a celebração do Jubileu “num tempo que precisa de renovar a esperança”.
“O Jubileu dedicado à esperança mostra que o verdadeiro valor de cada pessoa, a raiz da sua dignidade, está em Deus, nossa esperança. Por isso, todos os meios de comunicação da Igreja, neste ano jubilar, são convidados a estar ao serviço desta transmissão de esperança, para que vivamos num mundo mais humano e fraterno”, acrescenta.
O responsável destaca as histórias de “superação de fragilidades sociais e “opções corajosas pela vida”, que aparecem a contrariar “uma cultura de morte, de isolamento e de autossuficiência”.
“A Igreja tem em si muitos testemunhos de pessoas que escolheram viver de outra forma”, sustenta.
Ao longo do Jubileu 2025, adianta o padre Ricardo Figueiredo, o setor da Comunicação do Patriarcado vai procurar mostrar essas histórias, em áreas como “a integração dos migrantes”, por exemplo.
Quanto à comunicação do Ano Santo, essa vai ser feita, essencialmente, pela Comissão Jubilar Diocesana, tanto na preparação dos eventos principais como na divulgação dos mesmos, procurando mostrar “o que se está a fazer e, de forma especial, como tudo isto tem impacto na vida das pessoas envolvidas”.
“Logo na abertura do Ano jubilar houve uma grande surpresa: os milhares de pessoas que se juntaram em Lisboa para acompanhar este momento. Demo-nos conta que um Ano Santo é um momento verdadeiramente incontornável para a vida da Igreja”, recorda o padre Ricardo Figueiredo.
OC