Jubileu 2025: Pastoral Juvenil em Portugal vai plantar mais de «25 mil árvores»

Pedro Carvalho destaca que os jovens portugueses se vão «mobilizar muito» para o jubileu, «grande momento de comunhão» mundial

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Braga, 28 mai 2025 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), da Conferência Episcopal Portuguesa, disse que os jovens vão plantar mais de 25 mil árvores, para reduzir a “pegada de CO2” das viagens para o Jubileu dos Jovens.

“Vamos querer plantar 25 mil e 25 árvores, que é um número redondo, para reduzirmos a pegada de CO2 que vamos fazer com os transportes nos aviões e de autocarros”, disse Pedro Carvalho, sobre esta iniciativa que vai mobilizar a Pastoral Juvenil em Portugal no contexto do Jubileu dos Jovens do Ano Santo 2025.

Em declarações à Agência ECCLESIA, no Conselho Nacional de Pastoral Juvenil, realizado nos dias 23 e 24 de maio, em Braga, o diretor do DNPJ explicou que iam “acertar pormenores”, porque os projetos e os processos estão desenvolvidos, e acrescenta que este projeto de florestação é um legado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, quando plantaram “cerca de 18 mil árvores no mundo”.

O Jubileu dos Jovens, do Ano Santo 2025, vai realizar-se de 28 de julho a 3 de agosto, em Roma e no Vaticano, e Pedro Carvalho recorda que na edição internacional da JMJ na capital portuguesa a juventude foi convidada, pelo Papa Francisco, “a uma espécie de beber água à fonte, a Roma, e fazer ali uma estação para seguir para Seul”, a capital da Coreia do Sul, que acolhe a Jornada Mundial da Juventude2027.

“E os jovens portugueses vão mobilizar-se muito, para este grande momento de comunhão com muitos jovens de todo o mundo, que vai andar perto de uma Jornada Mundial da Juventude, tenho quase toda a certeza”, acrescentou.

O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, com os secretariados diocesanos, movimentos e congregações, vão “replicar” também o ‘Gesto Missionário’, outra iniciativa realizada na JMJ lisboa 2023, no contexto do Jubileu dos Jovens.

“O ‘Gesto Missionário’ foi um bom momento e é as pessoas irem às periferias, aos hospitais, aos avós, às prisões, e levarem consigo essas pessoas para Roma, e deixar o seu nome junto dessas pessoas para rezarem por elas em Roma”, recordou Pedro Carvalho, indicando que são dois projetos que vão “fazê-lo durante este tempo”.

O Jubileu dos Jovens vai ficar marcado pela canonização de Pier Giorgio Frassati, patrono da JMJ Lisboa 2023, que nasceu em Turim, a 6 de abril de 1901, e faleceu com apenas 24 anos, com poliomielite, a 4 de julho de 1925; aos 17 anos ingressou na Conferência de São Vicente de Paulo, dedicando a maior parte do seu tempo livre aos doentes e necessitados.

Foto: Vatican Media

No jubileu, os jovens vão encontro o Papa Leão XIV, que lhes pediu “não tenham medo, aceitem o convite da Igreja e de Cristo Senhor”, desejando que “encontrem, nas comunidades, acolhimento, escuta e encorajamento”, no primeiro encontro dominical com as pessoas na Praça de São Pedro, a 11 de maio, após a eleição no Conclave (8 maio).

Pedro Carvalho assinala que o Papa disse algo que já ouviram “várias vezes, mas ele reforça” e tem o significado de ser “logo na primeira vez” que num domingo se dirigiu às pessoas, desde a varanda central da Basílica de São Pedro.

“Não tenham medo’, e nós temos que reforçar esta palavra, não ter medo de sermos jovens cristãos no nosso dia-a-dia; O grande desafio do Papa para a juventude é esse, é não tenhamos medo e que eles não tenham medo de encontrar Jesus Cristo no seu dia-a-dia e estar perto de Deus”, desenvolveu.

O diretor do DNPJ acrescenta que todos os Papas vão ter a sua juventude, “todos tiveram”, e “saber que são o presente futuro da Igreja” é a preocupação que tem com os jovens.

“Com a ousadia, com a sua criatividade, com a sua capacidade de serem aventureiros e, nós precisamos disso, precisamos do sangue, da ousadia, da irreverência dos jovens.”

Pedro Carvalho destaca que a paz é “outro desafio maior” que Leão XIV lança, que consigam “construir pontes para a paz”, que não está só nas guerras, mas também em cada um quando tem “as invasões, muitas vezes no outro, nas casas, na rua, na escola, no desporto”, e, acrescenta, que se calhar podem “começar por aí e ser diferente e a criar essa paz” onde cada um está.

CB/OC

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