Francisco destaca «absoluta necessidade» da oração na vida pessoal e comunitária
Cidade do Vaticano, 21 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa proclamou hoje um ano de oração para preparar as celebrações do Jubileu 2025, cuja porta santa vai ser aberta no próximo mês de dezembro.
“Começamos hoje o ano da oração, isto é, um ano dedicado a descobrir o grande valor e a absoluta necessidade da oração, da oração na vida pessoal, na vida da Igreja, da oração no mundo”, referiu Francisco, após a recitação do ângelus, no Vaticano.
Falando desde a janela do apartamento pontifício, o Papa sublinhou o percurso que vai levar ao próximo ano santo.
“Os próximos meses vão conduzir-nos à abertura da porta santa, com que daremos início ao jubileu. Peço-vos que intensifiqueis a oração, para que nos preparemos para viver bem este acontecimento de graça e experimentar a força da esperança em Deus”, declarou.
O Papa adiantou ainda que o Dicastério para a Evangelização, da Santa Sé, vai oferecer “subsídios” para orientar este ano de oração.
O Jubileu 2025 coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia, que abordou a data da celebração da Páscoa, e terá uma dimensão ecuménica numa das rotas de peregrinação propostas, o ‘Iter europaeum’, 28 Igrejas que se referem a 27 países europeus e à União Europeia, com alguns templos de outras comunidades cristãs.
“Nestes dias, rezamos especialmente pela unidade dos cristãos”, recordou Francisco, recordando à semana (18-25 de janeiro) especialmente dedicada, todos os anos, à oração pela causa ecuménica.
O ano santo de 2025 vai ser o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
O último jubileu foi o ano santo extraordinário dedicado à Misericórdia (29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), convocado com a Bula ‘Misericordiae Vultus’ do Papa Francisco.
A 8 de janeiro, na audiência de apresentação de cumprimentos de ano novo, pelos membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé, o Papa explicou que “na tradição judaico-cristã, o jubileu é um tempo de graça para experimentar a misericórdia de Deus e o dom da sua paz”.
“Talvez hoje, mais do que nunca, tenhamos necessidade do ano jubilar. Perante tantos sofrimentos que provocam desespero não só nas pessoas diretamente atingidas, mas em todas as nossas sociedades; frente aos nossos jovens, que, em vez de sonhar um futuro melhor, com frequência se sentem impotentes e frustrados; e face à obscuridade deste mundo que, em vez de se afastar, parece crescer, o jubileu é o anúncio de que Deus nunca abandona o seu povo e mantém sempre abertas as portas do seu Reino”, precisou.
Já no último dia de 2023, na celebração de ação de graças pelo ano que passou, Francisco tinha explicado que o ano antes do jubileu seria dedicado à oração.
“Um ano inteiro dedicado à oração. E que melhor mestra poderíamos ter do que a nossa Santa Mãe? Coloquemo-nos na sua escola: aprendamos com ela a viver cada dia, cada momento, cada ocupação com o olhar interior voltado para Jesus. Alegrias e dores, satisfações e problemas”, recomendou.
Na próxima terça-feira, o Vaticano promove uma conferência de imprensa para a apresentação do ano de oração em preparação para o jubileu de 2025 e da série “Notas sobre a oração”.
OC