Jubileu 2025: Bispo de Coimbra agradeceu «ano de graça» com «muitos convites à conversão»

D. Virgílio Antunes partilhou «inspirações» a partir da Sagrada Família de Nazaré

Coimbra, 29 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra agradeceu Ano Santo 2025, na Missa de encerramento jubilar, onde propôs algumas “inspirações” às famílias e à diocese, a partir do Evangelho da Festa litúrgica da Sagrada Família, este domingo, na Sé Nova.

“Um grande obrigado a Deus, um grande obrigado por tudo, mas de uma forma especial, por este ano de graça em que recebemos muitos convites à conversão, à mudança de vida, a voltarmos ao princípio, como se não tivesse acontecido nada até agora. O nosso princípio, como se fosse quase um novo batismo, um novo nascimento, segundo a linguagem do Evangelho de João, noutras circunstâncias, e isso aconteceu na vida, no coração de muitas pessoas”, disse D. Virgílio Antunes, na homilia publicada online pela Diocese de Coimbra.

O bispo diocesano acrescentou que este Ano Jubilar 2025, dedicado à esperança cristã, que encerrou este domingo, dia 28 de dezembro, nas dioceses por todo o mundo pode ter sido para muitas pessoas “um novo começo, no que diz respeito às suas atitudes de vida, aos seus valores”, mas, também à sua fé, “à sua ligação, à sua comunhão com a Igreja, à sua abertura à família”, e a “tantas outras realidades boas” que um Jubileu da Esperança “sempre pode suscitar e que este, com toda a certeza, suscitou”.

Ao longo deste Ano Santo 2025, convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), a Sé nova de Coimbra “encheu-se muitas vezes, porque o povo de Deus quis acolher a palavra, a proposta do Papa Francisco” para fazer-se “peregrinos da esperança”.

A Diocese de Coimbra, através do seu bispo, convidou as crianças nascidas ou batizadas neste ano de 2025, “quem sabe algumas nascidas e batizadas no ano jubilar”, para esta Festa da Esperança, momento inicial de preparação para a Eucaristia de encerramento do Ano Santo 2025, e festa litúrgica da Sagrada Família de Nazaré.

“A vida das vossas crianças, a vida dos vossos filhos, precisamente neste contexto do Ano Jubilar e neste domingo da Sagrada Família, dá um sabor especial à nossa celebração e alimenta a esperança não só da vossa casa, mas a esperança da Igreja que gera novos filhos, e a esperança do mundo, de uma humanidade que tão carecida está de amor, que, às vezes, se manifesta precisamente essa carência na diminuição da vida, na diminuição do cuidado pela vida, não só nesta vida agora nascente, como na vida ao longo dos anos”, desenvolveu o responsável diocesano.

D. Virgílio Antunes alertou também para a “ausência de cuidado pela vida doente”, pela vida dos idosos, pela vida daqueles que são “mais deserdados”, e que perderam, por ventura, “a possibilidade de alimentar dentro de si essa esperança que não engana e que não morre”.

“Muito obrigado pela vossa presença a testemunhar que a esperança pode sempre nascer, renascer, ter continuidade no nosso mundo, e ela revela-se particularmente na abertura ao dom da vida”, acrescentou.

O bispo de Coimbra destacou que este Domingo da Sagrada Família traz “um conjunto muito vasto de inspirações”, e propôs algumas a partir da palavra do Evangelho e da circunstância que estavam a viver, começando por afirmar que “o primeiro grande dom da família”, para além do amor que une os esposos, “é o dom da vida, porque a família significa vida, disponibilidade para a vida, abertura à vida”.

“O segundo aspeto importante que tem a ver com a vida das nossas famílias é esta realidade do cuidado com a educação, e com o crescimento daqueles que vão sendo gerados pelo amor dos seus pais – das crianças, dos adolescentes, dos jovens”, referiu, referindo-se à “educação humana e integral” e à “importância da educação na fé”.

D. Virgílio Antunes, noutro aspeto relativo à missão e ao papel da família, pediu que “não falte em nenhuma” solidariedade, espírito de comunhão, e “amor de uma forma muito especial nas situações difíceis”, como Jesus, Maria e José que se puseram “a caminho numa situação igualmente dramática”, estava em causa a vida de um deles.

O 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciado na Noite de Natal de 2024, terá a sua conclusão a 6 de janeiro de 2026, no Vaticano, sob a presidência de Leão XIV, com o fecho da Porta Santa na Basílica de São Pedro.

CB/OC

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