Jovens Sem Fronteiras atentos aos desafios da Missão

XVIII Encontro Nacional Os JSF realizaram, de 29 de Setembro a 1 de Outubro, o Encontro Nacional da ‘maioridade’ (18º), na Benedita – Alcobaça. ‘O Amor ‘in’porta à Missão’ foi o tema de fundo porque Bento XVI quis que este ano fosse dedicado ao Amor e, quer na Benedita, quer em Alcobaça, o ‘pórtico’ é símbolo de fé e de cultura. A manhã de sábado foi de encontro com a História de Portugal e da Evangelização. No Mosteiro de Alcobaça, o P. Fernando Cima explicou aos 300 JSF, vindos de todo o país, como Alcobaça foi importante para a consolidação de Portugal, para a evangelização e para a cultura. Depois, houve uma visita aos claustros, com o apoio do IPAD, e ali se escutou uma ária de Haendel e reuniram os 20 grupos de campo, espalhados pelos espaços que outrora foram lugar de vida e oração dos monges da Ordem de Cyster. A Benedita acolheu de braços abertos os JSF. A Paróquia (com os Padres Armindo e Jorge), a Câmara Municipal (que cedeu autocarros para a deslocação a Alcobaça), a Junta de Freguesia (apoiou em tudo), o Externato N.Sra da Encarnação (que abriu as portas para que os jovens ali reunissem e se instalassem), os Bombeiros (que cedeu o grande salão para as refeições e onde os JSF tiveram a surpresa da actuação da fanfarra), o Rancho Folclórico, os familiares mais directos dos JSF da Benedita… todos deram um apoio incondicional. Este XVIII Nacional contou com momentos fortes de oração, de encontro, de partilha das actividades de verão (Ponte no Huambo, peregrinação a Taizé, Semanas Missionárias em Portugal…), de reflexão em grupos de campo, de formação (sobre missão, voluntariado missionário e os projectos solidários de Sol Sem Fronteiras), de workshops (quinze) e de cultura (sobretudo com o Jogo da Vila), de alegria, de festa. Na sessão de Abertura, o P. Armindo Reis recordou que, se todos os painéis apresentam Alcobaça como ‘terra de Paixão’, ela se tinha tornado ‘terra de Missão’. Na Eucaristia de Encerramento, na Igreja Paroquial da Benedita, D. Anacleto Oliveira, convidou os jovens a partir, porque a Missão sem fronteiras é muito importante para a Igreja e para o mundo. Mensagem Final No fim de semana de 29 de Setembro a 1 de Outubro de 2006, a paróquia da Benedita recebeu cerca de 300 jovens, vindos de 40 grupos de Norte a Sul do País, para celebrarem o XVIII Encontro Nacional dos Jovens sem Fronteiras – a maioridade da única actividade nacional que reúne anualmente todos os jovens do movimento. Sendo o Pórtico o símbolo da Benedita e aproveitando os factos do Papa Bento XVI ter dedicado a sua Primeira Encíclica ao Amor e ter escolhido como Mensagem para o Dia Mundial das Missões “A caridade, alma da missão”, o tema escolhido para lançar o novo ano foi : ”O Amor (In)Porta à Missão”. Cumprindo o papel de evangelização que o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça sempre teve na história do nosso país, foi com um profundo e simbólico gesto de Amor que este Mosteiro abriu as suas “portas” aos Jovens sem Fronteiras. Acompanhados pelo Padre Fernando Cima, os Jovens sem Fronteiras ficaram a conhecer Alcobaça e a sua história e foram, inclusivamente, brindados com uma magnífica actuação de um cantor lírico que interpretou uma ária de Hendel. De realçar é também o facto de, pela primeira vez, um grupo de jovens poder realizar o trabalho de reflexão de grupos de campo nos espaços do Mosteiro. A partilha das experiências vividas, quer nos grupos de origem, quer nas actividades de Verão foi, desde sempre, uma característica essencial dos Encontros Nacionais. Assim, todos puderam vivenciar uma oração de Taizé, preparada pelo grupo que em Agosto passou uma semana nesta comunidade ecuménica, e perceber como, na simplicidade e no despojamento, jovens de todo o mundo e de várias confissões cristãs partilham o mesmo Amor de e a Deus. O amor é fundamental para uma experiência missionária onde quer que ela se realize. O grupo JSF da Ponte 2006 que chegou do Huambo mostrou-nos que partir é um desafio entusiasmante, e que só um amor com dimensões divinas o pode explicar. Da mesma forma, os diferentes grupos que partiram em Missão «ad intra» (as Semanas Missionárias) são expressão desse Amor que se faz realidade no quotidiano da vida de muita gente de diferentes idades. Aliás, o Amor é a porta de entrada para o mundo missionário que caracteriza os Jovens sem Fronteiras. A Bíblia não encontrou melhor forma de definir o próprio Deus, senão identificando-o com o Amor: “Deus é Amor”. Na sua Encíclica, Bento XVI afirma que o Amor, mais do que um mandamento, é a resposta ao dom do Amor com que Deus vem ao nosso encontro. Amor a Deus e Amor ao próximo são uma e a mesma coisa. O Amor ao próximo é uma estrada para encontrar também a Deus e a parábola do Bom Samaritano permanece como critério de medida, impondo a universalidade do Amor que se inclina para o necessitado, “seja ele quem for”. Bento XVI exorta-nos a adoptar como missão o exemplo do Bom Samaritano: um coração que vê onde há necessidade de amor e actua em consequência. No tema “Amor, Missão e Voluntariado”, realçou-se também a ideia de que o Voluntariado é uma particularidade da missão quotidiana do cristão, sobretudo nas periferias da geografia humana. Os jovens tiveram ainda a oportunidade de, em vários workshops e num jogo de vila, reflectir sobre vários temas que ajudaram a perceber as diferentes perspectivas e consequências deste Amor e as várias formas de o viver e anunciar. No final, juntos em Eucaristia, com a paróquia da Benedita, cada um foi convidado a regressar a casa e, no seu grupo e na sua vida, cumprir a Missão de viver, em cada momento e com o Outro, a parábola do Bom Samaritano. Benedita, 1 de Outubro de 2006

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