Jovens são expressão concreta da vivência do ecumenismo

Viana do Castelo recebeu o IX Fórum Ecuménico Jovem Os cerca de 250 jovens que no Sábado se congregaram, na cidade de Viana do Castelo, para participar no IX Fórum Ecuménico Jovem (FEJ), «um extraordinário espaço de comunhão», foram desafiados a serem «o fogo propagador da unidade de Cristo» e a cultivarem um espírito aberto para o «reconhecimento do outro». Na abertura desta jornada que reuniu, sob o mesmo tecto, membros as «diversas expressões cristãs», católicos, ortodoxos, evangélicos, metodistas e presbiterianos, o Bispo da diocese exortou os jovens a «fugir» da tentação de «caminhar sozinhos» até porque «é muito mais o que nos une do que o que nos separa». D. José Pedreira, sublinhou que a «mobilidade» que caracteriza a sociedade actual veio deslocalizar as diferentes expressões cristãs e criar novas oportunidades de encontro que devem ser aproveitadas para «aprofundar o respeito pelos valores» de cada uma. Em vez de se cultivar o confronto que surge da diferença «procurai as sementes da presença do Verbo», concluiu. Antes de um momento de oração comum, marcada pelo canto dos louvores de Deus, que dividiu a meio a jornada, surgiram três testemunhos acerca das vivências na III Semana Ecuménica Europeia realizada, em Setembro passado, na Roménia. O olhar mais crítico sobre aquela magna Assembleia, da qual foi dada a ver uma pequena reportagem em vídeo, veio de Pedro Brito, da Igreja Presbiteriana de Portugal. Este delegado àquela reunião, mostrou-se muito céptico quando aos resultados a ponto de dizer que «tudo vai ficar mais ou menos como estava » no movimento ecuménico, em ermos de «tomada de decisão» dos responsáveis das várias igrejas. Vive-se um «ecumenismo de fachada», sustentando a acusação pelo facto de não ter havido o empenho necessário para divulgar a declaração saída daquela reunião europeia e, por isso, ela não conhecida. «O ecumenismo, hoje, é uma palavra que fica mal não estar nas intenções, mas quase ninguém coloca em prática ». A excepção, justamente, vem do lado dos jovens que, segundo Pedro Brito, «vivem uma comunhão visível da fé» de que o FEJ é uma faceta eloquente. Esperança no enraizar do ecumenismo Apesar das críticas, vindas de diferentes quadrantes, à forma como foi organizada a referida Assembleia, Irene, do Departamento Juvenil da Diocese do Porto, fez a experiência da unidade na diversidade. Trouxe para a vida a exigência de fomentar, nesta aldeia global, um «diálogo que busque a identidade na unidade salvaguardando a diferença e a liberdade». Irene quer ser “protagonista”, com o jovens seus coetâneos, do «exercício de reconhecimento » do outro e de uma, cada vez maior, busca «criativa» da expressão de cada confissão. Lúcia, outra testemunha no FEJ, sublinhou que da experiência realizada na Roménia trouxe a «esperança do enraizamento do trabalho e caminho» ecuménico já percorrido. Após o retemperar das forças físicas, porque «nem só de ecumenismo vive o homem», os participantes dividiram-se em dez grupos e puseram-se a caminho em direcção a outros tantos locais da cidade de Viana que constituíam “pontos de encontro… com Jesus”. Esta caminhada e o espírito do encontro foi marcado pelo canto “Jesus veio para nos salvar/ Jesus veio para nos amar./ Jesus veio para a paz nos dar./ Aleluia! Obrigado, Jesus”. Da porta da Sé Catedral da Diocese de Viana do Castelo, prestes a completar 30 anos de existência como parcela autónoma de povo de Deus, os jovens foram “enviados” a incendiarem o fogo do ecumenismo para uma ecologia da paz

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