Jovens: «Não apaguem os sonhos e encontrem adultos que vos ajudem a interpretá-los» – Francisco

Papa escreveu uma carta a jovens estudantes a quem pediu que contribuam para «um mundo melhor» e valorizem oportunidades de estudar

Foto João Rebocho/JMJ Lisboa 2023

Cidade do Vaticano, 14 out 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu aos jovens que continuem a sonhar e encontrem adultos que “não apaguem os sonhos” mas que os “ajudem a interpretá-los”.

“Neste tempo marcado por graves crises sociais e climáticas, juntamente com os vossos professores e educadores, perguntais a vós mesmos como podeis contribuir para mudar o mundo. Isto é muito positivo. De facto, é importante que tenham grandes sonhos – Deus também os tem! E é importante encontrar adultos que não apaguem os sonhos, mas que vos ajudem a interpretá-los e a realizá-los. Comparem sempre os vossos sonhos com os de Deus!”, escreveu Francisco numa mensagem enviada aos participantes na «Leadership Summit», realizado pelo colégio San Carlo de Milão, que hoje termina.

Numa carta datada de 19 de setembro, tornada pública pela Sala de imprensa do Vaticano, Francisco convidou os participantes neste encontro a descobrirem o “fascínio inesgotável da pessoa de Jesus”.

“Ele faz novas todas as coisas, revela uma autoridade diferente da dos poderosos de ontem e de hoje. É um modo de transformar as situações que não oprime mas eleva, não constrange mas liberta. Jesus transforma o homem a partir de dentro, incluindo cada um de vós, para que possais exprimir as vossas melhores energias e talentos”, refletiu.

Francisco convidou os jovens a pensar no crescimento pessoal “não como uma elevação acima dos outros”, mas antes como “um abaixamento ao serviço dos outros”, e a estar atentos a uma “sensibilidade integral” que faça uso da “atenção e compaixão”.

“O maior é aquele que sabe inclinar-se sobre os que caíram e assumir alguns dos seus fardos, com uma ternura que é uma verdadeira força”, sublinhou.

Na missiva endereçada aos estudantes, o Papa pediu ainda aos jovens que valorizem as oportunidades que a escola lhes oferece, lembrando que essas possibilidades “não devem ser tomadas como garantidas”.

“Muitos dos vossos colegas no mundo, sobretudo raparigas, não têm sequer a possibilidade de estudar. Esforcem-se também por eles e lutem também pelos seus direitos”, pediu.

LS

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Agência ECCLESIA

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