Jovens lisboetas ajudam população idosa do Nordeste algarvio

Iniciativa do Movimento ao Serviço da Vida é uma tradição com 15 anos Desde há 15 anos que diferentes gerações de jovens pertencentes ao MSV – Movimento ao Serviço da Vida visitam as paróquias do concelho de Alcoutim. Vindos de Lisboa, na sua maioria universitários, os jovens descem mensalmente ou quinzenalmente ao Algarve, não para passar um fim-de-semana divertido numa qualquer discoteca das muitas que o litoral algarvio oferece, mas para comprometerem a sua vida com os habitantes de um Algarve esquecido que a serra do Nordeste interior acolhe bem longe dos holofotes que iluminam o Algarve mediático.

A sua acção é simples: num ou em dois fins-de-semana por mês vêm ao Algarve para se dedicarem aos que mais precisam, sejam idosos, doentes ou crianças, espalhados pelos inúmeros ‘montes' algarvios.

Conhecidos de longa data, os jovens do MSV são recebidos como se fossem os próprios netos em visita aos seus avós, num clima de uma estima que já é recíproca.

A sua missão evangelizadora desenvolve-se na organização de actividades simples como a oração de um terço em família, uma celebração da Palavra num pequeno grupo ou uma via-sacra em tempo quaresmal. Ajudam a animar alguma festa local ou colaboram simplesmente na descasca das amêndoas ou em qualquer outro trabalho rural que as mãos decrépitas dos «avós» ainda teimam em manter como rotineira. Quase sempre limpam algumas casas de muita solidão que tomaram como sua.

Em Dezembro vêm todos, num grupo que pode chegar aos 30, 40 ou 50, para um fim-de-semana que é de experiência missionária e que os faz identificar-se com o slogan «vá para fora cá dentro». De facto, identificam-se com a missão lá de fora cá dentro.

Em Agosto oferecem as suas férias e, durante o mês inteiro, o grupo permanece com os mais pobres.

Reconhecido por esta acção meritória dos jovens do MSV, o pároco de Alcoutim, Giões e Pereiro, padre Atalívio Rito, congratula-se com o trabalho realizado, mas lamenta que os jovens do Algarve não sigam o exemplo dos seus coetâneos de Lisboa. "Aqui têm casa e campo missionário para um fim-de-semana, uma semana, um mês, um ano", sublinha o sacerdote.

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