Jovens: É preciso «provocar, impulsionar e dinamizar» jovens para testemunharem o que vivem – João Clemente

Encontro nacional de Juventude quer «agradecer» JMJ Lisboa 2023 e mobilizar jovens rumo ao Jubileu 2025

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Lisboa, 04 out 2024 (Ecclesia) – João Clemente, diretor da Pastoral da Juventude do Patriarcado de Lisboa, alerta para um desafio de comunicação na relação com os jovens, mas indica que mais do que “fazedores de pastoral juvenil” importa “provocar, impulsionar e dinamizar”.

“Para mim, o trabalho em rede, foi um dos frutos mais visíveis do Jornada Mundial da Juventude. Aquilo que percebemos é que se conhece pouco mais do que a nossa paróquia, e depois corre-se o risco de achar que a Igreja é a nossa paróquia. Os encontros e projetos que lançamos ajudam as pessoas a conhecer (uma realidade maior)”, explica o responsável à Agência ECCLESIA.

Questionado sobre a visibilidade dada às propostas e a forma como chega aos jovens, João Clemente diz que o convite tem de acontecer nas “bases” e entre “testemunhos diretos que desafiem à participação”.

“Quando comunicamos, fazemos essencialmente para aqueles que podem ser multiplicadores da mensagem e não para o público final. Temos que garantir que a mensagem, por um lado, não é desvirtuada nesta cadeia, e ao mesmo tempo que as pessoas estejam mobilizadas e motivadas para anunciar e para convidar”, explica.

O Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal preparam encontro nacional de juventude, para os dias 19 e 20 de outubro, que responde ao desafio de ter um Portugal uma “mini jornada mundial da juventude nacional”.

Estamos num tempo de agradecer as muitas graças que foram dadas na JMJ Lisboa 2023, mas não podemos ficar agradecidos e parados e não olhar para aquilo que é o futuro e por isso estamos constantemente numa atitude de dar graças, mas a caminhar e olhar para aquilo que é a realidade juvenil na nossa diocese, no nosso país e a partir daquilo que foi a experiência da Jornada podemos fazer um caminho e um conjunto de propostas”.

João Clemente fala num caminho de motivação e mobilização que leve os jovens a participar no Jubileu, em julho e agosto de 2025, em Roma, e explica que até lá, as propostas dirigidas aos jovens querem traduzir a vontade de lhes dar protagonismo, acompanhamento e formação.

O responsável convida a regressar aos textos do Papa, deixados na sua passagem em Portugal durante a JMJ Lisboa 2023, ultrapassando os slogans que permanecem e procurarem tempo para “mastigar as palavras do Papa”.

“Nós vivemos muitos acontecimentos, muitos eventos, muitos momentos, muitas propostas, mas depois há uma dificuldade de voltar à normalidade da vida. É preciso também que estes eventos não sejam algo que nos leva à abstração ou que nos retire da realidade, mas que nos dê sentido. Fomos percebendo que, gradualmente, foram surgindo sementes, pequenos frutos, percebemos que a jornada não valeu apenas por si, mas por aquilo que foi gerando”, reconhece.

O responsável indica a peregrinação da cruz da JMJ e o ícone de Nossa Senhora, que percorreram o país antes da edição em Lisboa, criou um grande dinamismo, “envolvimento e participação” numa “motivação crescente” rumo à capital.

A conversa com João Clemente vai estar no centro do programa Ecclesia, emitido sábado pelas 06h00, na Antena 1 da rádio pública.

LS

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