Discursos de Bento XVI em Portugal despertam expectativa
A visita do Papa a Portugal terá presente a juventude e o diálogo ecuménico e inter-religioso, ainda que não esteja agendada qualquer actividade directamente dirigida a estes dois sectores.
Questionado sobre o facto de os jovens, pela primeira vez numa visita pontifícia ao país, não terem um momento específico de encontro com o Papa, D. Carlos Azevedo recordou que os 83 anos de Bento XVI exigem que o programa da estadia não seja sobrecarregado.
Segundo o coordenador da comissão organizadora da visita, está a ser feito “um esforço” para unificar a participação de movimentos juvenis. Além da uma “grande intervenção” durante as missas em Lisboa, Fátima e Porto, prevê-se que os jovens se reúnam a 11 de Maio para cantar à porta da Nunciatura Apostólica, na capital, enquanto o Papa janta.
No que diz respeito à ausência de iniciativas relacionadas com o ecumenismo e diálogo inter-religioso, o bispo auxiliar de Lisboa considerou que essas matérias não são prioritárias em Portugal, na medida em que há um bom relacionamento com as confissões religiosas, nomeadamente na assistência religiosa e espiritual nos hospitais. Por outro lado, o encontro com agentes relacionados com a Pastoral Social – a 13 de Maio, em Fátima – contará com a presença de representantes de várias confissões religiosas.
O Papa “poderá ou não fazer uma referência a situações perturbadoras da família”, afirmou D. Carlos Azevedo a propósito de eventuais discursos ou homilias relacionadas com as denominadas “causas fracturantes”.
A vinda de Bento XVI não deverá provocar avanços no processo da beatificação da Irmã Lúcia. “As visitas correm ao lado dos percursos que se realizam na Congregação das Causas dos Santos, não havendo uma confluência”, explicou o prelado.