Últimos preparativos da viagem antecedem entusiasmo do encontro com a juventude mundial Os jovens da diocese de Lisboa partem nesta manhã de Sábado, dia 12, para a Austrália. Uma ideia no seu pensamento: o encontro com Bento XVI e com a juventude mundial. Repetentes e estreantes juntam-se no entusiasmo de uma nova descoberta, de novos encontros, de novas partilhas, de novos desafios que não ficarão em Sydney. Isso mesmo lhes disse D. José Policarpo, que na passada Quinta feira, celebrou eucaristia com os representantes de Lisboa, na Jornada Mundial da Juventude. E isso mesmo sublinha o responsável pela pastoral juvenil de Lisboa, o Pe. Carlos Gonçalves. “Levamos connosco Lisboa, representando-a no local onde o Papa nos convocou”, explica à Agência ECCLESIA. O risco de se viver um entusiasmo isolado que não gere uma caminhada comprometida pode acontecer em qualquer actividade. O Pe Carlos Gonçalves, experiente nas JMJ, afirma que “mesmo os jovens que estão mais distantes do espírito de comunhão, não ficam indiferentes. Esta é uma experiência marcante, que dá lugar ao compromisso na vinda”. Quando se volta de uma Jornada Mundial da Juventude, “volta-se diferente”, afirma o sacerdote que já acompanhou muitos jovens. Muita alegria, a vontade de contar o que se viveu, “euforia”, mudanças de vida “mesmo em termos vocacionais” são algumas consequências das JMJ e da partilha vivida entre a juventude mundial. Horas antes da descolagem a experiência dos repetentes e a ansiedades dos que se estreiam dão o mote das conversas. Há sempre termos de comparação entre participações anteriores. “E é bom que alguns formatos se repetiam, pois as pessoas já sabem como se organizar”. A logística e organização acaba por ser similar, assim como algumas das actividades previstas com Bento XVI. Mas a expectativa anda à volta do desconhecido – o encontro com o Papa e o inúmeros encontros com os muitos jovens que estarão em Sydney. Antes de rumar ao avião e enquanto se prepararam as malas, até à ultima hora há sempre dúvidas sobre o que levar. “Como vamos para muito longe, até a corrente eléctrica é diferente”, brinca o responsável pela pastoral juvenil de Lisboa, que até à última hora responde a dúvidas dos participantes. O que é ou não dispensável levar ou até o dinheiro são questões a equacionar. O grupo que hoje sai de Lisboa, tem chegada prevista na Segunda feira de manhã. Vai ser acolhido pela paroquia de Nossa Senhora de Fátima, perto de Sydney. Os participantes de Lisboa serão acolhidos em famílias australianas, o que, segundo o Pe. Carlos Gonçalves “é benéfico para uma experiência diferente”. As trocas culturais serão mais intensas, “até porque as paróquias gostam de receber bem”. A expectativa para receber os portugueses é já perceptível nos mails que o Pe. Carlos Gonçalves troca com a organização. À espera da delegação de Lisboa estará um churrasco australiano “às cinco da tarde”.