Fazer o Caminho Português até Santiago Compostela, na Semana Santa, foi a proposta que o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Coimbra lançou aos jovens, para a Celebração da Páscoa.
Jovens de todas as regiões pastorais da diocese de Coimbra, do Algarve e até do Brasil encheram-se de coragem, aceitaram o desafio de conhecer o “Comprimento do Amor de Cristo” e fizeram-se ao caminho. A peregrinação começou ainda em Coimbra, na Igreja de Santiago, onde se celebrou a Eucaristia e confirmou a certeza de querer caminhar até ao túmulo do Apóstolo Santiago. Seguiram rumo a Valença, numa viagem de autocarro, que ajudou o grupo a integrar-se e a criar o entusiasmo para começar a pôr os pés no chão e percorrer a estrada.
Em Ano Santo, muitos foram os peregrinos que se fizeram ao Caminho até Santiago e partilharam o percurso com os jovens de Coimbra, tanto nos trilhos e estradas que os faziam mais próximos do destino, como nos locais de descanso, nos momentos de convívio e animação e até nas celebrações do Tríduo Pascal, celebradas em conjunto.
Em cada dia, uma meta a alcançar, um desafio a superar! O grupo foi capaz de ultrapassar todos os obstáculos, desde o peso da mochila, à lama, à chuva e às dores que se iam fazendo sentir, e chegou, a cantar e a pular, à Catedral de Santiago Compostela. O sentimento era de missão cumprida, de agradecimento, uns aos outros, pelo apoio que se palpava em cada gesto de fraternidade, era de louvor a Deus e ao Apóstolo Santiago por caminharem lado a lado com cada um e se fazerem notar no rosto de cada peregrino. O Caminho ficava concluído com a realização dos ritos do peregrino: uma vez na Catedral, com a oração do grupo ao Apóstolo Santiago, em agradecimento pela sua protecção; com a recepção da Compostela que os certificava como peregrinos; com a entrada pela Porta Santa que os encaminhava para a imagem do Apóstolo, e lhes permitia dar o abraço que os uniu a ele, e com a visita ao seu túmulo.
Este Caminho serviu também como uma preparação para celebrar a Ressurreição de Jesus Cristo. Durante o caminhar, pelas paisagens com que eram confrontados, foi-lhes possível voltar-se para o interior, reencontrar-se com Deus, reconciliar-se e vivenciar com a população que os acolheu a Última Ceia do Senhor. Foi possível experimentar a Paixão d’Aquele que morreu por nós, com jejum durante a Sexta-feira Santa e, numa celebração mais intimista e simples, num pavilhão de Padrón, receber a Vida. E esta Vida que se recebe no dia em que finalmente se chega à meta do Caminho!
A peregrinação terminou já de volta a casa, onde o cansaço se transformou em alegria de, todos juntos, se terem superado e confirmado que: “Melhor que Jesus, não há!”.
Serviço de Informação da Diocese de Coimbra
