Jovens de Albufeira prepararam Jornada Diocesana da Juventude

A igreja matriz de Albufeira encheu-se, na semana passada, com muitos jovens e alguns adultos para a Vigília de Oração que marcou o início da preparação da Vigararia de Albufeira para a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), que se realizará naquela cidade nos próximos dias 30 e 31 de Março. Presença marcante foi a imponente Cruz das Jornadas Diocesanas da Juventude, testemunho entregue pelo Sector da Pastoral Juvenil da diocese algarvia aos jovens algarvios, à imagem do gesto tido pelo saudoso Papa João Paulo II em 1984 em Roma, aquando da fundação das Jornadas Mundiais da Juventude. O encontro nocturno de oração, intitulado “A Cruz, esperança única”, deu início a uma cadeia de iniciativas em torno da presença daquele símbolo de Cristo, de paróquia em paróquia, que só terminará na JDJ. Tendo presidido à vigília que começou com uma entronização solene da Cruz na igreja paroquial, o cónego José Rosa Simão, pároco local, interpelou os jovens presentes. Referindo-se à Palavra de Deus como uma espada cortante, o presidente da celebração exortou a assembleia para que se deixe trespassar por ela. “Se existe na nossa mente algo que impeça que essa espada penetre em nós, tudo isto é vão. Se deixarmos a nossa vida ser trespassada por esta Palavra, então vale a pena”, afirmou, enumerando como exemplo alguns jovens que marcaram a história da Igreja. Francisco de Assis, Teresa de Calcutá, Francisco Xavier, Inácio de Loyola foram alguns dos exemplos referenciados pelo cónego José Rosa Simão. “Quem sabe, aqui no meio desta comunidade, está um jovem, ou mais, que é capaz de dizer ao Senhor: Conta comigo! Estou disposto a dar a minha vida”, continuou o sacerdote, caracterizando os que seguem a Cruz. “Somos como os outros, mas quem segue o caminho da cruz é necessariamente diferente”, disse, lembrando tantos homens e mulheres que “têm os seus nomes guardados nos trilhos do martiriológico”. Com base na temática da noite, o cónego Rosa Simão referiu-se a outra característica da Cruz. “Para quem tem fé e se deixa trespassar por essa lança da Palavra de Deus, a Cruz é uma esperança. É também um escândalo. A Cruz é a esperança única”, concretizou, recordando que “nada se obtem sem Cruz”. “Desiludam-se aqueles que pensam que tudo é fácil”, acrescentou. Sublinhando que “Cristo fez-se obediente até à morte e morte de cruz”, salientou que “a Cruz é o maior sinal de amor”. “E é exactamente na Cruz que Ele é o Rei, afirmou referindo-se a Jesus. A terminar pediu aos jovens: “estai atentos à Palavra reveladora do Senhor porque Ele tem maravilhas para fazer convosco”. No final deixou um apelo aos jovens que irão receber durante os próximos dois meses a Cruz. “Tende coragem em apresentá-la ao mundo que é cada uma das vossa paróquias”, pediu. Saindo da igreja, os jovens levaram a Cruz pelas ruas de Albufeira até ao centro da cidade, onde foi feita a entrega à paróquia de Ferreiras. No final da noite, de regresso à igreja matriz, uma pequena representação do Sector Diocesano da Pastoral Juvenil e do movimento Algarve pela Vida realizou um breve apresentação sobre o tema do aborto, como do próprio grupo cívico. Cabido da Sé de Faro inaugura órgão da Catedral Pela primeira vez desde 1999, o som do órgão histórico da Sé de Faro, que data do século XVIII e é um dos mais antigos do País, vai voltar a ouvir-se. O Cabido Catedralício promove, dia 20, pelas 21.30 horas, o acto inaugural do restauro do instrumento. Coordenado pelo mestre organeiro Dinarte Machado (um dos dois únicos especialistas do género exis-tentes em Portugal, responsável pelo restauro de dezenas de órgãos históricos em todo o País), o minucioso trabalho visou a conservação da caixa do órgão, integrando a limpeza de poeiras e sujidades, a fixação das pinturas vermelhas, douradas e das esculturas e um tratamento insecticida preventivo e o restauro da parte instrumental e afinação. A originalidade do órgão histórico da Sé de Faro resulta do facto de não ter características ibéricas, sustenta o mestre organeiro Dinarte Machado. Pelo contrário, refere, “é um instrumento típico da organa-ria barroca nórdica, mais concretamente da escola nórdica-alemã”. Trata-se de um dos prinicipais exemplares do barroco em Portugal e apresenta pinturas de chinoiserie e douramentos que foram executados pelo Mestre Francisco Correia da Silva, nos anos de 1751 e 1752. Desconhecido é o autor do risco e da feitura da talha, mas sabe-se que a sua actual caixa data do segundo quartel do século XVIII. Serão interpretadas obras de J.S. Bach, Carlos de Seixas, João Rodrigues Esteves, Andrés de Sola, Francisco Xavier Baptista e Pedro de Araújo, pelo organista Nuno Alexandrino. A interpretação vocal ficará a cargo do Coro de Câmara do Grupo Coral Adágio com direcção do Maestro António Pereira.

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Agência ECCLESIA

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