Avaliação dos jovens presentes nos Dias Sociais Católicos para a Europa partilhada na sessão de encerramento
Terminou ontem, em Gdansk, na Polónia, a primeira edição dos Dias Sociais Católicos para a Europa”. Uma iniciativa pioneira da COMECE (Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia), com o objectivo de reconfigurar o ideal de solidariedade que marcou a fundação da União Europeia, após a II Guerra Mundial.
Entre os dias 8 e 11 de Outubro, foram muitos os contributos de políticos, economistas e membros da hierarquia católica que analisaram o tema da solidariedade na perspectiva da pessoa humana, da identidade da Europa, da economia e do mercado. Faltaram contributos de quem está no terreno, das gerações mais novas e reflexões e desafios inovadores.
Uma constatação afirmada pela delegação de Portugal na sessão de encerramento dos Dias Sociais Católicos para a Europa. Joana Rigato, que integrou esta delegação, explicou á Agência Ecclesia que ela foi publicamente expressa após uma avaliação do encontro levada a cabo pelos jovens presentes de todos os países (cerca de 40 num universo de 500 participantes vindos de 29 países). Todos deixaram algum “desagrado” pela metodologia seguida e pelos conteúdos apresentados.
A Vice-Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz de Portugal afirma que a metodologia “foi pouco participativa”. Aconteceram muitos “discursos de pessoas que sabem e que são especialistas e que vinham da política activa ou do mundo académico”. “Não houve espaço para debate entre as pessoas, espaço que fosse promotor de ideias”.
Joana Rigato queria mais inovação e constata certezas sobre solidariedade já afirmadas noutros fóruns. “Não foram lançadas pistas que reflexão que fossem inovadoras e que nos deixassem desafios”.
Ao tomar esta posição pública, os jovens presentes, nomeadamente os que integravam a delegação de Portugal (10) deixam a sugestão para que os próximos Dias Sociais Católicos para a Europa possam incluir reflexões inovadoras. Joana Rigato espera também que o debate tenha contributos de quem está no terreno e sejam mais desafiantes”.