Trocaram uma noite de convívio por algo “mais sério”.
O caminhar de noite ajuda a pensar na vida. Algumas dezenas de jovens da Covilhã caminharam com o tema «Uma noite à procura de Vida sem Fronteiras». Enquanto uns fizeram silêncio outros colocaram a conversa em dia. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. Henrique Rios, sacerdote jesuíta e um dos impulsionadores da iniciativa, realça que "desde a meia-noite até ao nascer do sol temos três momentos: eucaristia, meditação e oração".
Os jovens concentraram-se pelas 23h30, no adro da Igreja da Paróquia do Ferro, seguida de celebração da Eucaristia. A seguir, fez-se o seguinte trajecto: Capela do Sagrado Coração de Maria, Ponte Pedrinha, Igreja Paroquial da Boidobra, Capela do Refúgio, Capela de Santo António e monumento de Nossa Senhora da Conceição, na Covilhã.
Com o silêncio da noite é "mais fácil descobrir Deus" porque "esta convida a não entrarmos na competição do dia á dia" – frisou o sacerdote jesuíta.
Esta foi a sétima edição da caminhada, mas o número de participantes foi menor. "Temos de repensar a melhor forma de actuar no futuro" – salienta o Pe. Henrique Rios. Ao nível dos objectivos desta actividade da Pastoral Juvenil da diocese da Guarda, o sacerdote jesuíta aponta: "dar-lhes a oportunidade de pensarem um bocadinho mais". E acrescenta: "alguns deles levam para a sua paróquia uma vontade de fazer uma noite assim". Trocaram uma noite de convívio por algo "mais sério".
No final da caminhada, os presentes agradeceram a possibilidade de fazer uma caminhada com outros jovens. "Não o fariam sozinhas" – refere. E adianta: "o tacto e o paladar precisam do contacto directo, mas o olhar, o ouvido e olfacto vencem fronteiras". No encerramento, as Irmãs do Sagrado Coração de Maria ofereceram o pequeno-almoço.