Jovens com a marca de Taizé

Muitos jovens portugueses viveram e ficaram marcados pela experiência de passar alguns dias na comunidade ecuménica de Taizé, na pequena localidade francesa que lhe dá o nome, fundada há 70 anos pelo irmão Roger.

Entrevista pelo Programa Ecclesia, Katarina Urbano admite que a sua vida mudou, porque Taizé “ensina a viver a espiritualidade de uma forma diferente”.

“Antes de mais, a comunidade é um exemplo, foi isso que o irmão Roger nos tentou transmitir sempre”, assinala.

Katarina lembra que a primeira vez que ouviu falar de Taizé foi num “ano difícil”, a nível pessoal, através de um amigo. A comunidade ecuménica deu-lhe a oportunidade de fazer um “retiro”.

Sozinha, de autocarro até ao Sul de França, fez um caminho que viria a repetir para se “isolar do dia-a-dia, do stress” e mergulhar “noutro ritmo diário”.

O programa evocativo da instituição da comunidade, criada em 20 de Agosto de 1940, e do assassínio do seu fundador, Roger Schütz, a 16 de Agosto de 2005, contou com a presença de cinco mil pessoas, no último dia 17.

[[v,d,1401,Testemunhos sobre experiências feitas nesta comunidade ecuménica]]Joana Campos Lima participou no encontro europeu de jovens, promovido pela comunidade de Taizé, em Lisboa, no final do ano de 2004. Ficou impressionada com a presença de milhares de jovens de toda a Europa, unidos em oração.

“Não tinha o hábito de rezar, porque não percebia muito do que me diziam, mas a espiritualidade de Taizé é diferente disso, é tirarmos o tempo para estar, receber o que há-de vir”, assinala.

Na Páscoa de 2005, visitou a comunidade, um “bocadinho do paraíso na terra” e a partir daí assumiu “compromissos na paróquia”, porque a experiência não se esgota na colina francesa.

Rui Aleixo ouviu falar de Taizé pela primeira vez há mais de 15 anos, no seu grupo de jovens, e em 1995 visitou a pequena localidade, onde foi fascinado por ver que é “possível acolher bem com tão pouco”.

“Lembro-me que isso me marcou, a simplicidade do acolhimento, o copo de plástico, a colher que serve de faca e de garfo”, recorda, falando ainda da “beleza da oração”.

Este jovem interrompeu mesmo os seus estudos, em 1997, para fazer um “discernimento mais sério”, junto da comunidade.

Como voluntário, fez uma experiência de “serviço” que não chegou a um ano, para depois tomar mesmo o hábito, durante quatro anos na localidade de Taizé e um ano na fraternidade do Bangladesh.

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Agência ECCLESIA

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