Com a escultura “Refugiados”, um grupo de alunos do Colégio de São de Brito, de Lisboa, venceu o Prémio Internacional “Pedro Arrupe” (na categoria A: até aos 12 anos), um Prémio instituído pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), entre os colégios jesuítas da Europa. A nível internacional, Portugal concorreu com dois trabalhos: um do Colégio de São João de Brito, de Lisboa, e um do Colégio da Imaculada Conceição, de Cernache (Coimbra). A cerimónia de entrega dos prémios aos vencedores a nível nacional, em cada uma das categorias, teve lugar esta manhã no Auditório do Colégio de São João de Brito, no Dia Mundial do Refugiado, com a presença do Alto Comissário-Adjunto da Imigração e Minorias Étnicas, Rui Marques. O Prémio Pedro Arrupe é uma das iniciativas do JRS-Europa, para assinalar o 25.º aniversário que o JRS comemora este ano. Pretendeu desafiar alunos de todas as escolas jesuítas europeias a reflectirem sobre a temática dos refugiados e deslocados e a envolverem-se criativamente com o tema. Participaram 36 escolas, de 12 países, com um total de 34 projectos entregues para concurso. O Pe. Pedro Arrupe, nascido em 1927, foi Superior Geral dos Jesuítas entre 165 e 1981, tendo vivido a experiência da boma atómica em Hiro-shima, no ano de 1942. O Pe. João Caniço, da direcção do JRS-Portugal, explica à Agência EC-CLESIA que o Serviço Jesuíta tem todo o interesse em promover iniciativas deste género como forma de “sensibilizar a comunidade, desde tenra idade, para uma educação de solidariedade, generosidade, abertura e acolhimento”. Este responsável alerta para a necessidade de fazer face a “outras educações de rejeição, confronto, violência e criminalidade”. “Pensamos que gestos destes, que tocam uma turma de jovens que trabalharam num projecto colectivo, conseguem estender-se a todo o estabelecimento de ensino”, acrescenta. Ainda no âmbito do Dia Mundial do Refugiado, o JRS-Portugal promoveu no passado sábado um passeio cultural ao Oeste, no qual juntou 75 refugiados no nosso país.