Jovens algarvios iniciaram voluntariado na casa das Missionárias da Caridade

O Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve iniciou no passado dia 14 de Novembro uma experiência de voluntariado na comunidade das Missionárias da Caridade, em Faro, que acontecerá a partir de agora com periodicidade mensal sempre no segundo sábado.

Com 25 inscrições, de duas paróquias – Olhão e São Pedro de Faro (núcleo do Patacão) –, a primeira edição desta iniciativa de voluntariado missionário acabou por não contar com a comparência dos jovens da segunda comunidade por estes terem confundido a data da sua realização, estando certo o início da sua participação já no próximo mês. Apesar de terem sido somente duas as paróquias da diocese algarvia interessadas na acção, com efectiva participação de apenas uma delas, o padre Pedro Manuel, director do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional (SDPV) explica que a proposta “teve muito acolhimento, particularmente na zona de Faro”. O sacerdote considera que “a experiência do grupo foi bastante positiva”, destacando a importância da sensibilização para a dimensão do serviço. “O descobrir que o outro é um irmão que eu tenho de amar e servir é que é especial e bonito”, salienta.

O padre Pedro Manuel assegura ainda que, apesar de os participantes não conhecerem a realidade que existe naquela casa de acolhimento dos mais pobres de entre os pobres, os jovens “já estavam, de certo modo, preparados para a experiência dura que iriam encontrar”. “É uma existência paupérrima que vive muito do «morrer» diariamente para o comodismo, até pelo exemplo das irmãs”, complementa aquele responsável do SDPV, garantindo que os jovens “foram prestar um serviço que os faz «morrer» para qualquer tipo de peneiras, de gosto”. “Penso que os jovens ficaram sensíveis porque o que experimentámos ao fim do dia é um sentimento muito diferente da euforia do início da manhã. Dar de comer a um velhote ou cortar-lhe as unhas é algo que não nos deixa ficar indiferentes”, testemunha, lamentando que muitas vezes “esta realidade da caridade, que é rosto da Igreja”, seja esquecida.

Ao longo das próximas sessões, poderão entrar e sair participantes. “Queremos que haja o hábito de, no segundo sábado de cada mês, haver um grupo que está disponível para ajudar as irmãs”, explicou o padre Pedro Manuel, acrescentando que “o objectivo é haver uma proposta de cariz social a que possamos aderir porque sabemos que aí também se realiza a nossa vocação cristã”.

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