Jovem católico agredido por extremistas muçulmanos no Paquistão

Um jovem católico de 24 anos, Shahbaz Masih, foi brutalmente atacado e dado como morto por um grupo de extremistas muçulmanos no noroeste do Paquistão. Residente no distrito de Mandi Bahaud Din, a 175 quilómetros ao sul de Islamabad, Masih ficou com as duas pernas partidas e foi abandonado num campo, inconsciente. Os agressores telefonaram aos pais do jovem católico dizendo-lhes que o seu filho estava morto. A agência AsiaNews apresenta o relato feito pelo Pe. Rehmat Hakim, pároco do lugar de maioria muçulmana, o qual declarou que na aldeia de Masih vivem mais de vinte famílias cristãs que carecem de terras para cultivar, pelo que devem trabalhar sob proprietários muçulmanos. Nos últimos dois meses, registraram-se outros três ataques de fundamentalistas islâmicos contra cristãos nas áreas de Lahore e Islamabad. A Comissão para os direitos das minorias do Paquistão, uma ONG local, condenou o ataque e pediu ao governo a prisão imediata dos culpados. Pouco mais de 1% dos 143 milhões de habitantes do Paquistão são cristãos; os muçulmanos sunitas representam 77% e os xiitas, 20% da população. O Paquistão é uma república islâmica e o Islão é a religião de Estado. Nos termos do artigo 41 da Constituição – suspensa após o golpe de 1998 – o Presidente da República tem de ser muçulmano. Embora o artigo 20 da Constituição de 1973 declare que todos os cidadãos têm liberdade de culto, profissão e divulgação e o artigo 36 afirme que o Estado salvaguarda os interesses e os direitos das minorias, a realidade é diferente. Os cristãos, embora não sejam perseguidos, são discriminados.

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