O jornal do Vaticnao, “L’Osservatore Romano”, dedica hoje, 12 de Agosto, uma peça ao início do Ramadão no mundo islâmico, que classifica como “um mês de oração e purificação”.
O mês sagrado para os muçulmanos, em que o jejum é obrigatório, começou nesta Quarta-feira, 11 de Agosto.
O Ramadão, que constitui um dos cinco pilares do Islão, começou no Egipto, Arábia Saudita, Indonésia, Emirados Árabes, Jordânia, Síria e territórios palestinos.
Também a Argélia, Tunísia, Líbia, Afeganistão, Malásia e Singapura começaram ontem o jejum. Já os xiitas no Irão e no Iraque devem começá-lo hoje, como também a Índia e o Paquistão, que esperam ver a lua crescente para marcar o início do nono mês do calendário lunar.
O jejum é obrigatório a todos os muçulmanos que chegam à puberdade. A primeira vez em que um jovem é autorizado a jejuar pelos pais constitui um momento importante na sua vida e uma marca simbólica de passagem para a vida adulta.
No Iraque, o arcebispo caldeu de Kirkuk, Louis Sako, enviou votos de “coragem para o perdão, a reconciliação e a justiça” aos muçulmanos, pedindo aos cristãos que respeitem este jejum, não comendo em público.
“Em nome dos cristãos de Kirkuk, gostaria de expressar aos nossos irmãos muçulmanos os nossos mais sinceros votos neste mês de jejum, a fim de que seja para eles um tempo privilegiado de oração e conversão, um tempo de crescimento na virtude”, pode ler-se.
O Ramadão, indica a mensagem citada pelo “Osservatore Romano”, é tempo de “sarar as feridas dos iraquianos e restaurar a paz, segurança e estabilidade numa vida com dignidade”, escreveu o prelado.