Jornada pela paz com ecos em todo o mundo

Dioceses portuguesas, congregações religiosas e comunidade internacional respondem positivamente a apelo do Papa

Lisboa, 07 set 2013 (Ecclesia) – O apelo do Papa para uma jornada mundial de oração pela paz, a decorrer hoje, colheu uma enorme adesão nas dioceses portuguesas e em diferentes locais do mundo, junto da comunidade internacional e também de várias comunidades religiosas.

Em Portugal, os bispos diocesanos, de norte a sul do país, procuraram mobilizar a população para que, na Sé, ou em paróquias realizem ações de oração pela paz no mundo, na Síria e no Médio Oriente, tal como pedido pelo Papa Francisco.

Em Lisboa, uma mensagem colocada no site do Patriarcado, explicava não haver “uma iniciativa diocesana para corresponder ao pedido” de Francisco, deixando às comunidades a forma de responder ao apelo.

No entanto, D. Manuel Clemente irá presidir a uma celebração eucarística, este sábado na Sé, às 18h30, onde ficará depois em oração e adoração.

No Santuário de Fátima, D. António Marto vai presidir a uma vigília de oração na Capelinha das Aparições, entre as 21h30 e as 24h00, e apela à participação de “todos os diocesanos que tenham disponibilidade”.

A iniciativa “constará da normal recitação do terço com a procissão de velas, seguida da exposição e adoração do Santíssimo Sacramento com oração silenciosa, textos de meditação, cânticos e bênção final”, explica o bispo de Leiria-Fátima.

Em Braga, a jornada de oração realiza-se na igreja de São João do Souto, no centro histórico da cidade, entre as 18h00 e as 23h00, “estando em sintonia com os cristãos de todo o mundo e com o Santo Padre”, revela o Departamento Arquidiocesano de Comunicação Social.

Numa nota conjunta enviada à Agência ECCLESIA, os líderes das comunidades católicas e muçulmanas da Flandres, no norte da Bélgica, declaram que o desafio de Francisco vai ter eco “nas igrejas e mesquitas da região” e também nas vigílias organizadas pelas dioceses da Bélgica, que “em muitos casos” terão caráter inter-religioso.

“Cristãos e muçulmanos estão profundamente comprometidos com a proposta do Papa, de jejum e oração pela paz na Síria, Médio Oriente e em todo o mundo”, pode ler-se no documento assinado pelo bispo auxiliar de Malines-Bruxelas, D. Leon Lemmens e por vários líderes islâmicos.

No Iraque, o Patriarca de Babilónia dos Caldeus, líder da comunidade católica mais significativa do país, pede “a todos os bispos que convidem os seus fiéis a jejuar juntamente com todas as pessoas de boa vontade, para que termine o sofrimento e a destruição” provocada pela guerra.

D. Louis Raphael Sako, citado pela agência Fides, recorda os muitos cristãos que têm deixado o Médio Oriente por “sentirem-se ameaçados” e “tratados como cidadãos de segunda categoria”.

Na América Latina, os responsáveis católicos do Peru, da Argentina e do Chile também já manifestaram a sua adesão à jornada de oração de sábado.

A Conferência Episcopal do Peru sublinha que “a paz é um dom de Deus que deve ser abraçado” por todos – um pouco por todo o país, paróquias, movimentos e grupos católicos estão a ser mobilizados para se “unirem ao pedido do Papa”.

Na diocese de Quilmes, na Argentina, D. Carlos José Tissera reflete sobre o momento difícil do povo sírio através das palavras do agora Papa emérito Bento XVI.

“O desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao direito-dever de um desenvolvimento integral, social e comunitário, e isso faz parte do desígnio de Deus para o homem. O homem é feito para a paz, que é dom de Deus”, salienta o bispo.

Fides/JCP/LS

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