Jornada Mundial da Juventude: «Eu quero que os meus filhos um dia vivam isto», afirma Marta Esteves

Agente de pastoral juvenil vive momento «arrebatador», a nível mais pessoal, e espera que Diocese do Porto «fique com as portas bem abertas e uma sementeira que dê frutos»

Foto Diocese do Porto/João Lopes Cardoso

Porto, 11 out 2022 (Ecclesia) – Marta Esteves, da Diocese do Porto, participou em quatro edições da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e começou o mês de outubro a viver algo que “nunca tinha tido o privilégio”, passando 24 horas com os dois símbolos da JMJ.

“Para mim é emocionante. É perceber essa força que os símbolos trazem e poder tocar-lhes, poder estar ali a observá-los, contemplá-los, e rezar aos pés da cruz onde tantos já rezaram. Tem sido gratificante, é uma bênção, durante 24 horas tiveram sempre debaixo da minha visão, nunca tinha tido esse privilégio”, disse à Agência ECCLESIA.

A entrevistada, que pertence à equipa do Comité Organizador Diocesano (COD) do Porto para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, já participou em quatro jornadas, mas nunca tinha tido “a sorte e bênção” de estar tão perto da cruz e do ícone mariano “Salus Populi Romani” como a 1 e 2 de outubro, quando foram acolhidos pela diocese para uma peregrinação que vai termina no próximo dia 30.

“Vim com eles no barco, desde a Régua, e ainda fiquei com eles toda a noite na Sé, até às 09h00 da manhã. Durante 24 horas tiveram sempre debaixo da minha visão, nunca tinha tido esse privilégio”, explica.

Marta Esteves pela sua experiência em participar na JMJ, pela idade, a formação, e pelo trabalho diocesano que tem feito com os jovens tem “uma perspetiva diferente do que é uma jornada”, e vê a preparação para a edição internacional em Lisboa, que vai decorrer de 1 a 6 de agosto de 2023, “com outra perspetiva”.

“Vejo como uma oportunidade de evangelização e como um momento único: É um momento único para a diocese, é um momento único para o nosso país e para a Igreja. É tentar beber, absorver, o máximo de tudo o que está a acontecer, que chega a ser arrebatador”, realçou.

“A nível mais pessoal é arrebatador, dou graças a Deus todos os dias”, acrescentou a entrevistada que quer que a Diocese do Porto “fique com as portas bem abertas e uma sementeira que dê frutos”.

“Já sou mãe, dá-me uma perspetiva de pensar: ‘Eu quero que os meus filhos um dia vivam isto’. Espero que a sementeira esteja tão bem-feita que eles tenham essa oportunidade. Jesus vive em nós de passarmos isto uns aos outros, são momentos únicos e irrepetíveis”, desenvolveu a mãe de duas crianças, uma menina de 9 anos de idade e um rapaz de 7 anos.

Roma, 2000; Colónia, 2005; Madrid, 2011; Cracóvia 2016, foram as quatro JMJ que viveu, e com três Papas diferentes, respetivamente São João Paulo II, depois o agora Papa emérito Bento XVI, e com Francisco.

“Cada um com a sua característica mas nenhum me desiludiu. Quando fomos a Colónia havia muito medo que Bento XVI nos pudesse desiludir, afinal não era ele o Papa dos jovens, mas pelo contrário, surpreendeu-me na Alemanha e surpreendeu-me muito mais em Madrid. Esse amor que devemos ter ao Papa também ajudou-me muito nas jornadas que fiz com Bento XVI. Francisco, é Francisco, não vale a pena dizer muita coisa”, desenvolveu Marta Esteves.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano – atualmente no Domingo de Cristo-Rei, que encerra o ano litúrgico -, alternando com um encontro internacional, a cada dois ou três anos, que são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, numa cidade durante uma semana.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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