A Jornada Mundial da Juventude 2008 em Sidney vai ter uma preocupação ecuménica e inter-religiosa, em especial através de actos de solidariedade, exibições artísticas e apresentações teológicas e musicais. Embora a clara maioria dos participantes neste evento seja, logicamente, constituída por jovens católicos, em Sidney estarão também anglicanos, outros protestantes, judeus e muçulmanos. O rabino da Grande Sinagoga de Sidney, Jeremy Lawrence, declarou à Zenit que a comunidade judaica aprecia verdadeiramente a gentileza e o respeito mostrados pelos organizadores católicos da JMJ. Este responsável destacou a importância da “visita de Bento XVI, que criou fortes laços com o rabino chefe de Roma e foi pessoalmente ajuda e guia ao tratar de assuntos de doutrina e liturgia com estudantes do rabinato”. A reverenda Tara Curlewis, presidente do Conselho Ecuménico de Nova Gales do Sul e ministra da Igreja Unida, esteve de acordo, afirmando que “independentemente de como damos culto a Deus, a JMJ é uma oportunidade de acender a chama de Deus no meio de nós”. O Bispo auxiliar de Sidney, Anthony Fisher, coordenador da JMJ, assinalou que “membros de outras Igrejas cristãs, comunidades eclesiais e tradições religiosas abrem suas casas à estadia dos peregrinos”, inclusive a Escola Islâmica de Greenacre, Malek Fahed, que se ofereceu para albergar 300 peregrinos. Ikebal Patel, presidente da Federação Australiana de Conselhos Islâmicos, apoiou esta ideia, dizendo que, “como muçulmanos na Austrália, queremos demonstrar muito positivamente que somos parte da comunidade”. Alguns dos centros de oração terão uma dimensão ecuménica, especialmente o dirigido pela Comunidade de Taizé. Também haverá um fórum intitulado “Australianos todos: face a face e fé a fé”, no qual intervirão líderes católicos, assim como líderes e grupos comunitários judaicos, islâmicos, budistas e hindus. Redacção/Zenit