JOC preocupada com desemprego

Assembleia Nacional do movimento decorre na Figueira da Foz e vai definir linhas de ação no próximo triénio

Figueira da Foz, Coimbra, 16 ago 2013 (Ecclesia) – A Juventude Operária Católica (JOC) está a promover até sábado a sua 19ª assembleia nacional, órgão máximo do Movimento que se reúne de três em três anos, para definir as suas linhas de ação para o próximo triénio.

As maiores preocupações prendem-se com o desemprego dos jovens, a vida familiar e em sociedade, mais do que a situação política “que é preocupante”, explica à agência ECCLESIA Elisabete Silva, presidente da organização.

Segundo esta responsável, o encontro que decorre no Seminário da Imaculada Conceição, na Figueira da Foz, sob o lema ‘A fé sem obras é morta’, tem uma importância “indiscutível quanto ao funcionamento e futuro do mesmo”.

Os “falsos” recibos verdes são a “peste dos nossos dias”, analisa a presidente da JOC, porque não são “permitido mas até o Estado os promove”.

As recentes leis e diretrizes “podem ser positivas”, mas a atribuição do subsídio de desemprego é vista como “um rebuçado”, porque “cala” os falsos recibos verdes, embora seja “bom para os verdadeiros trabalhadores independentes”.

O recurso à emigração, para a JOC, pode ser “um problema”, porque muitos emigrantes sem emprego, não conseguem legalizar-se.

A atual situação social origina a geração “nem-nem”, ou seja, “jovens de que não há registo e muitos não se sabe o que andam a fazer”, revela Elisabete Silva, sublinhando que esta condição origina a destruturação familiar.

“Quando há uma boa base familiar há mais força mas o que verificámos é que quando não existe esta base dá-se a destruturação familiar causada pela situação social, económica e também cultural”, desenvolve.

O ensino é outro dos assuntos em debate na 19ª assembleia nacional, com a necessidade de estar adaptado à realidade dos jovens para “os motivar”.

Os jovens são incentivados a ter uma voz ativa na sociedade, como por exemplo nas próximas eleições autárquicas, a 29 de setembro, e o movimento apela ao voto porque a abstenção não é solução, “pode ser por revolta ou porque foram para a praia”.

Segundo Elisabete Silva, “todas as formas” de associativismo são “fundamentais” porque colocam os jovens em reunião, a debater ideias e problemas concretos que muitas vezes encontram solução através da partilha.

A expectativa da coordenadora para os momentos da assembleia nacional, iniciada esta quinta-feira, é que sejam dias de contacto “com as dificuldades dos jovens presentes”.

Esta sexta-feira inicia-se o processo de eleição do próximo presidente Nacional e do novo Conselho Fiscal, cuja votação decorrerá no início de 2014.

Segundo os estatutos, a atual líder pode candidatar-se a mais um triénio mas ainda vai fazer essa reflexão pessoal e no grupo de base, “como todos os militantes”.

Por agora, Elisabete Silva considera que cresceu muito nos últimos 2 anos e meio, como responsável da JOC, “enquanto pessoas e militante”, após uma década na Juventude Operária.

CB/OC

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