Bento XVI recordou legado de abertura e diálogo do «Papa bom» nos 50 anos da eleição do Papa Roncalli 
João XXIII foi ontem recordado como o Papa que “abriu terreno fértil para fazer germinar a concórdia, a esperança, a humildade e a paz, em prol do bem de toda a humanidade”. O Cardeal Tarcisio Bertone, celebrou, ontem, no Vaticano, uma eucaristia na Basílica de São Pedro, para celebrar os 50 anos da eleição de João XXIII. A celebração juntou cerca de três mil fiéis provenientes da região italiana de origem do Papa Roncalli. Após a eucaristia, Bento XVI dirigiu uma saudação destacando que com a eleição de Angelo Giuseppe Roncalli, “Deus estava a preparar um período de empenho e promessa para a Igreja e para a sociedade”. Aquele que ficou conhecido como o “Papa bom” ofereceu à Igreja “um dom verdadeiramente especial, o II Concílio do Vaticano, por ele convocado, preparado e iniciado”. “Todos estamos comprometidos no acolher de maneira adequada aquele dom, continuando a reflectir sobre os seus ensinamentos e a aplicar na vida quotidiana as suas indicações”, destacou Bento XVI, que participou no II Concílio do Vaticano como teólogo. No seu pontificado João XXIII “indicou a fé em Cristo e a pertença à Igreja, mãe e mestra, como garantias de fecundo testemunho cristão no mundo. Assim, ao longo dos contratempos, o Papa foi um homem e pastor de paz, que soube abrir no Oriente e no Ocidente inesperados horizontes de fraternidade entre os cristãos e de diálogo com todos”. Bento XVI recordou que João Paulo II proclamou João XXIII “bem-aventurado, reconhecendo que as marcas de sua santidade de pai e de pastor continuavam a resplandecer diante de toda a família humana”. Bento XVI antes ainda de se dirigir aos fiéis, esteve em oração diante da urna onde estão conservados os restos mortais de João XXIII. Redacção/Rádio Vaticano