João Paulo II: Possível milagre estudado no México para lançar canonização

Igreja celebra memória litúrgica do Papa polaco a 22 de outubro, pela primeira vez

Cidade do Vaticano, 19 out 2011 (Ecclesia) – Um possível milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (1920-2005), no México, poderia abrir caminho à declaração como “santo” do Papa polaco, beatificado em maio, revela a Rádio Vaticano.

O padre Jorge Oscar Herrera Vargas, porta-voz da arquidiocese de Yucatán, revelou que o caso vai ser julgado por um tribunal eclesiástico e enviado ao postulador da causa de canonização, padre Slawomir Oder.

Em causa está a cura “repentina” de Sara Guadalupe Fuentes, recuperada de um tumor que obstruía, em 80%, a sua garganta e a impedia de comer devidamente, numa altura em que as relíquias do beato João Paulo II visitaram o México.

O Papa polaco foi proclamado beato por Bento XVI a 1 de maio, na Praça de São Pedro, numa cerimónia em que participaram cerca de um milhão de pessoas, encerrando a penúltima etapa para a declaração da santidade, na Igreja Católica.

De acordo com o direito canónico, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do beato João Paulo II a partir desse dia.

Concluídas estão, em definitivo, as investigações sobre as chamadas “fama de santidade” e “virtudes heroicas” de Karol Wojtyla (1920-2005), eleito Papa em outubro de 1978, o que torna o processo de canonização menos moroso.

O Vaticano escolheu o dia 22 de outubro, início de pontificado de João Paulo II, para a celebração da memória litúrgica do beato.

A Santa Sé dispõe um calendário próprio para a diocese de Roma (da qual todos os Papas são bispos) e as dioceses da Polónia (país natal de João Paulo II), regulando o “culto litúrgico” ao futuro beato.

Outras conferências episcopais, dioceses ou famílias religiosas podem apresentar um “pedido de inscrição” desta memória litúrgica nos seus calendários próprios, por causa do “caráter de excecionalidade” de que se revestiu esta beatificação.

Nesse sentido, é permitido que, no primeiro ano após a cerimónia, seja possível celebrar uma “Missa de agradecimento a Deus” em locais e dias “significativos”, por decisão de cada bispo diocesano.

OC

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Agência ECCLESIA

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