Na inauguração do VI Encontro Mundial das Famílias, o presidente do Conselho Pontifício da Família, Ennio Antonelli, afirmou que “a família é uma prioridade decisiva para o futuro da sociedade e da Igreja Católica” e defendeu a promoção de valores humanos e cristãos diante da cultura pós-moderna que caracteriza de “doente de individualismo e relativismo”. A cerimónia de abertura teve a participação do presidente do México, Felipe Calderón, do secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, 30 cardeais e cerca 200 sacerdotes. Antonelli sublinhou o legado do papa João Paulo II, chamando-o de “Papa da Família”. Ele lembrou que foi o antecessor de Bento XVI quem instituiu o Encontro das Famílias, iniciado em 1994, junto ao cardeal colombiano Alfonso López Trujillo. Até o próximo domingo, o evento reflectirá sobre “A família formadora dos valores humanos e cristãos”, assuntos como o matrimónio entre homossexuais, a eutanásia e a educação laica. Após o seu encerramento, ocorre nos dias 19 e 20 de Janeiro um evento paralelo, realizado por organizações civis e académicas para discutir a situação das famílias mexicanas. Segundo os organizadores, apenas 50% das famílias do país são formadas pelas figuras do pai, da mãe e dos filhos, e por isso é necessário criar uma política de estado e acções públicas que levem em conta as diferentes formações familiares existentes.