João Paulo II presidiu hoje à famosa Via-Sacra no Coliseu de Roma, tendo lembrado aos fiéis de todo o mundo que o Tríduo Pascal que celebramos é “a hora da Cruz” de Jesus. “Chegou a hora da cruz, de passar deste mundo ao Pai. 20 séculos depois, ela continua a comover-nos e interpelar-nos”, disse o Papa aos milhares de fiéis que se reuniram em Roma e aos milhões que acompanharam a celebração através dos Meios de Comunicação Social. A cerimónia ficou marcada pela escolha simbólica dos portadores da cruz, de onde se destacaram um Franciscano da Terra Santa, uma religiosa do Burundi, uma jovem de Madrid e um padre dos EUA. João Paulo II também segurou a cruz, na 14ª estação. “Que o mistério da Via-Sacra seja para todos fonte de esperança”, disse o Papa no final de uma cerimónia transmitida por 61 estações televisivas de todo o mundo. Apesar do cansaço, João Paulo II quis deixar os seus votos de boa Páscoa a todos os que acompanharam a celebração. Neste ano, os textos bíblicos da Via-Sacra foram tirados do Evangelho de S. Lucas e os textos de meditação compostos pelo Padre André Louf, um monge cisterciense de estrita observância, que vive já há alguns anos num ermo depois de ter desempenhado o ministério de abade na sua comunidade de Notre-Dame de Monte-des-Cats em França durante trinta e cinco anos.