JMJ2016: Portugueses levaram à Polónia mensagem em favor da paz na Síria

T-shirts de apoio a campanha mundial da Cáritas na Via Sacra presidida pelo Papa em Cracóvia

Cracóvia, 29 jul 2016 (Ecclesia) – Os jovens portuguesas promoveram hoje uma ação de sensibilização em favor da paz na Síria, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que decorre na cidade polaca de Cracóvia.

Cerca de 3000 dos participantes nacionais na JMJ vestiram t-shirts com um apelo à paz para a Síria, dando assim visibilidade à campanha mundial da ‘Caritas Internationalis’ – “Síria: A Paz é Possível”.

O momento escolhido para a iniciativa foi a Via-Sacra a que o Papa presidiu no Parque de Blonia, local central da JMJ até ao momento.

A Cáritas Portuguesa, em conjunto com o Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), quis desafiar os jovens a ser porta-vozes desta iniciativa, pressionando as autoridades políticas a encontrar soluções de paz.

O padre Eduardo Novo, diretor do DNPJ, disse à Agência ECCLESIA que a iniciativa visou “interpelar” todos os que se cruzaram com os jovens portugueses em Cracóvia,

“Deus, que estamos a celebrar aqui, não é um Deus de violência, é um Deus de paz, de concórdia, de esperança”, explicou.

Rui Moreira, da Diocese do Porto, envergou a t-shirt da campanha pela paz contra “uma guerra que já está a durar há muitos anos” e a ceifar vidas “inocentes”.

Lucas Dias, do Patriarcado de Lisboa, também respondeu ao desafio da Cáritas Portuguesa e do DNPJ para esta causa cívica.

“Queremos mostrar o mundo que as coisas não se resolvem com violência, que a paz é o mais importante. Os portugueses querem mostrar que a Síria precisa de paz e queremos fazer a diferença”, explicou à Agência ECCLESIA.

O padre Paulo Serra, da Paróquia do Milharado (Patriarcado de Lisboa), elogia a resposta dada aos apelos do Papa para que os jovens se manifestem em favor da paz.

“Envolver os jovens nesta campanha é também dizer-lhes que a paz é possível, porque estamos com Cristo e Cristo faz essa paz, através de nós, com os outros”, realçou, em Cracóvia.

Mariana Guerreiro também veio da Paróquia do Milharado e lamenta a distância que persiste em relação ao sofrimento que se vive na Síria.

“Esta é uma forma de nós nos sentirmos lá, com eles, ainda que eles não saibam, talvez, desta oração que fazemos”, declarou.

A jovem acredita que a oração é essencial para “combater um mundo de guerra” e sublinha que a JMJ tem servido para despertar consciências em relação ao sofrimento dos refugiados e das vítimas da guerra.

O objetivo da campanha mundial da Cáritas, lançada a 5 de julho e a decorre até 31 de dezembro, é unir esforços para “exigir um cessar-fogo imediato e eficaz, apelando aos governos que se comprometam com uma solução política para terminar o conflito”, respondendo ao apelo do Papa na mensagem vídeo com que apoiou a iniciativa.

O diretor da DNPJ sublinhou ainda a visita de Francisco aos antigos campos de concentração nazi de Auschwitz-Bikernau, num “silêncio orante” que desafia a humanidade a ir em “busca do essencial”.

“Participar nas Jornadas Mundiais da Juventude é um sinal eloquente para o mundo de que cada jovem é símbolo de fraternidade, não apenas no futuro mas já no presente”, concluiu o padre Eduardo Novo.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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