JMJ2016: Papa tem missão para os jovens católicos – sair do «sofá»

Francisco alertou para «paralisia silenciosa» da juventude fixada em videojogos e no computador

Cracóvia, Polónia, 30 jul 2016 (Ecclesia) – O Papa disse hoje na Polónia que os jovens católicos são desafiados a sair do “sofá” e a evitar a “paralisia silenciosa” de uma vida fixada em videojogos e no computador.

“Um sofá – como os que existem agora, modernos, incluindo massagens para dormir – que nos garanta horas de tranquilidade para mergulharmos no mundo dos videojogos e passar horas diante do computador. Um sofá contra todo o tipo de dores e medos”, explicou, durante a vigília de oração que reuniu mais de 1,5 milhões de pessoas durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O Papa perguntou aos presentes no ‘Campus da Misericórdia’, 15 quilómetros a sul de Cracóvia, se queriam “lutar” pelo seu futuro.

“Sim”, responderam os presentes, num momento saudado por uma salva de palmas.

Francisco sublinhou que ninguém veio ao mundo para “vegetar” e que esta ideia de juventude “adormecida” apenas convém aos que “decidem o futuro” pelos outros.

“É muito triste passar pela vida sem deixar uma marca”, assinalou

O Papa subiu o tom da intervenção para condenar as “outras drogas socialmente aceitáveis” que retiram a liberdade aos jovens e os deixam “entorpecidos”.

“Para seguir a Jesus, é preciso ter uma boa dose de coragem, é preciso decidir-se a trocar o sofá por um par de sapatos que te ajudem a caminhar por estradas nunca sonhadas”, disse em seguida.

O pontífice argentino quer que os jovens católicos sejam “atores políticos, pessoas que pensam, animadores sociais” e construam “uma economia mais solidária”.

“Deus espera algo de ti!”, insistiu.

Francisco disse aos participantes na JMJ que o mundo atual “não precisa de jovens-sofá, mas de jovens com sapatos, ainda melhor, calçados com botas”.

“Jesus convida-te, chama-te a deixar a tua marca na vida, uma marca que determine a história, que determine a tua história e a história de muitos”, acrescentou.

A intervenção concluiu-se com um apelo a “percorrer as estradas da fraternidade” e, simbolicamente, desafiou os jovens a construir uma “ponte fraterna” com um aperto de mão com quem estava a seu lado.

O Papa vai voltar este domingo ao ‘Campus da Misericórdia’ para presidir à Missa final da JMJ, durante a qual vai anunciar a cidade-sede e o ano da próxima edição internacional do evento promovido pela Igreja Católica.

OC

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Agência ECCLESIA

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