Antigo campo de concentração nazi vai ser visitado pelo Papa Francisco
Lisboa, 26 jul 2016 (Ecclesia) – O antigo campo de concentração nazi de Auschwitz tem sido um dos destinos dos milhares de jovens católicos que se deslocaram à Polónia para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016.
“Milhares de jovens conseguem ficar em silêncio absoluto. Ouvem-se apenas os seus passos, inclusive daqueles que, para honrar as vítimas do Holocausto, percorrem de pés descalços todo o trajeto”, relata a Rádio Vaticano.
Os jovens católicos de mais de 180 países, incluindo Portugal, visitam em particular o local onde São Maximiliano Kolbe foi assassinado após dar sua vida em troca por outro prisioneiro, que sobreviveria ao Holocausto.
O PapaFrancisco, que chega esta quarta-feira à Polónia, vai visitar em silêncio os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, na manhã do dia, a partir das 09h30 locais (menos uma em Lisboa), ao longo de duas horas.
Durante a sua permanência no local, o Papa rezará junto ao chamado “muro da morte”, no Bloco 11, e na cela de São Maximiliano Kolbe, precisamente 75 anos depois da sua condenação à morte.
Francisco vai encontrar-se com 10 sobreviventes do Holocausto e 25 ‘justos entre as nações’ – pessoas que ajudaram judeus a fugir do regime nazi -, além de percorrer a pé o monumento internacional às vítimas do campo.
João Paulo II e Bento XVI visitaram Auschwitz em 1979 e 2006, respetivamente.
A organização da JMJ 2016 publicou no seu sítio online um conjunto de recomendações e dados históricos para ajudar os jovens peregrinos nas suas visitas ao conjunto de campos de concentração e extermínio implementados pelos nazis durante a II Guerra Mundial, nos subúrbios da cidade polaca de Oswiecim, situada a 60 quilómetros de Cracóvia, onde mais de um milhão de pessoas foram assassinadas.
Para além de Auschwitz I, a cidade conta com o antigo campo de concentração Auschwitz II-Birkenau, composto por 170 hectares.
OC
