Participantes na festa mundial dos jovens católicos sublinham oportunidade de viver momento histórico
Carlos Borges, enviado da Agência ECCLESIA a Cracóvia
Cracóvia, Polónia, 28 jul 2016 (Ecclesia) – Os jovens portugueses que estão a participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) recebem hoje em Cracóvia o Papa Francisco, numa festa com dezenas de milhares de participantes marcada para o Parque de Blonia, uma grande área verde.
A representar o país em cima do palco vai estar Rita Neves, da Diocese de Aveiro, que à Agência ECCLESIA fala numa “responsabilidade”, por estar mais perto do Papa “do que milhões e milhões de jovens”.
“É uma grande responsabilidade, mas é também uma grande alegria, é o completar deste sonho”, assinala, a respeito desta sua primeira participação na JMJ.
Rita Neves mostra-se muito satisfeita por estar em Cracóvia, “a cidade de São João Paulo II”, em dias “muito intensos” de experiência intercultural.
Perto do palco, na chamada ‘zona zero’ vai estar o açoriano Bruno Godinho, de 18 anos, que também confessou à ECCLESIA a sua expectativa por poder estar mais perto do Papa, uma oportunidade “espectacular”.
A bandeira portuguesa que vai desfilar pelo parque de Blonia, um dos maiores da Europa, vai ser transportada por um jovem da delegação da Arquidiocese de Braga.
Além do desfile das bandeiras, os jovens vão poder ver as fotos de seis “testemunhas da Misericórdia: São Vicente de Paulo (Europa), a Beata Teresa de Calcutá (Ásia), Santa Maria MacKillop (Oceânia), Santa Josefina Bakhita (África), S. Damião de Molokai (América do Norte) e a Beata Maria Rita Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce (América do Sul).
O Papa Francisco vai viajar num elétrico, num gesto ecológico, acompanhado por alguns jovens com deficiência e os seus pais.
Rita Rito, da Diocese da Guarda, já esteve nas JMJ de Madrid e Rio de Janeiro, mas na Polónia vive uma experiência “completamente diferente” porque está a ser acolhida por uma família e esteve nas “pré-jornadas”, em Varsóvia, conhecendo melhor a realidade local.
À espera do Papa Francisco, fala num “exemplo” e num homem “surpreendente”.
Francisca Braz, da Diocese de Bragança-Miranda, vive a sua primeira JMJ, um tempo de “conhecimento” pessoal e de “força” de fé.
“Tudo o que é diferente na vivência da fé tem sido encantador”, relata.
Já o padre Nuno do Rosário Fernandes, do Patriarcado de Lisboa, volta às JMJ 16 anos depois, acompanhando um grupo de cerca de 40 jovens.
“Trazia muita expectativa sobre o que seria uma jornada hoje”, assinala, dando destaque à “grande alegria” com que se tem vivido a JMJ 2016.
Em Cracóvia, acrescenta, há um “testemunho muito belo” dos jovens católicos, que se assumem como membros da Igreja Católica e vão “ao encontro do Papa”, que os convidou para esta iniciativa.
A 31.ª JMJ, que decorre até domingo, conta com a participação de cerca de sete mil jovens portugueses, a 9ª maior delegação entre os 350 mil peregrinos inscritos, e tem como tema ‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia’.
CB/OC