JMJ2016: Jovens católicos lembram migrantes e refugiados que morreram a caminho da Europa

Via-Sacra com o Papa centrou-se nas 14 Obras de Misericórdia

Cracóvia, Polónia, 29 jul 2016 (Ecclesia) – Milhares de jovens celebraram hoje a Via-Sacra com o Papa Francisco no Parque de Blonia, em Cracóvia (Polónia), celebração em que se recordaram os migrantes e refugiados que morreram a caminho da Europa.

“Nós recusamo-nos as acolher pessoas que estão em busca de uma vida melhor, que às vezes estão apenas lutando por suas vidas (sob ameaça de morte), que batem nas portas dos nossos países, igrejas e casas. Eles são estrangeiros, mas nós vemo-los como inimigos, temos medo da sua religião. E da sua pobreza”, referiu o texto de uma das 14 meditações apresentadas na cerimónia, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016.

As reflexões centraram-se nas 14 Obras de Misericórdia que a tradição católica propõe aos fiéis, sublinhando a importância da “hospitalidade” para quem vem de outra terra.

“Eles [migrantes e refugiados] encontram a morte: na costa da Lampedusa, Grécia, nos campos de refugiados”, alertaram os participantes na JMJ.

Os presentes no maior encontro mundial de jovens católicos evocaram os “30 mil refugiados” que morreram às portas da Europa, nos últimos anos.

A celebração apresentou uma visão contemporânea do itinerário tradicional de 14 estações que relatam os momentos do julgamento e execução de Jesus Cristo.

O “caminho da misericórdia” proposto aos jovens apresentou desafios atuais ligados à defesa da vida, pobreza, fome, sofrimento, prisão, guerra, morte e solidão, entre outros, em textos assinados pelo bispo auxiliar de Cracóvia, D. Grzegorz Ry?.

A apresentação contou com atuações artísticas ligadas à cada meditação, incluindo escalada, dança moderna, pintura ou animação por computador.

Os participantes, que dispunham de traduções numa transmissão via rádio, rezaram pelas pessoas “escravizadas pelas drogas, álcool, pornografia, relacionamentos, jogos de azar, computadores, telemóveis, dinheiro, conforto”.

As últimas reflexões sublinharam a necessidade de “respeito pela morte”, num mundo em que “cada vez mais famílias” deixam no hospital os corpos de seus entes queridos falecidos e em que “os corpos das crianças que foram abortadas são simplesmente atirados ao lixo”.

Simbolicamente, 14 árvores vão ser levadas desta celebração para o Santuário de João Paulo II em Lagiewniki, para serem um “memorial vivo” da JMJ 2016.

OC

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Agência ECCLESIA

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