Patriarca de Lisboa abençoou o novo espaço, inaugurado pela Câmara Municipal de Lisboa

Lisboa, 25 jul 2025 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Lisboa inaugurou esta quinta-feira o Parque Papa Francisco, espaço que acolheu a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, e o patriarca de Lisboa considera que tal constituiu um “gesto profético”.
“E é profético no sentido em que, ao mesmo tempo que celebra um acontecimento belo, de verdade, de beleza, de encanto, de paz, denuncia todas aquelas situações que atualmente estão a acontecer, seja em Gaza, seja em tantas geografias do mundo onde a paz ainda não existe”, afirmou D. Rui Valério, em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia.
A inauguração do Parque Papa Francisco, realizada no altar-palco do antigo Parque Tejo, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, do cardeal D. Américo Aguiar, além de vereadores da autarquia e do encarregado de negócios da Nunciatura Apostólica, monsenhor José António Teixeira Alves, que leu uma mensagem do Papa Leão XIV.
D. Rui Valério considera que o “Parque Papa Francisco não está verdadeiramente só ao serviço de Lisboa e dos lisboetas”, mas “ao serviço da humanidade”, sobretudo quando recorda que ali a “diversidade não foi fator de individualidade”, mas “criador da fraternidade, de proximidade e de paz”.
“Eu prevejo que vai ter muito sucesso e vai ser, não vou dizer que vai ser decisivo, mas vai ser muito importante em termos de ser uma alavanca para uma cultura de proximidade e uma cultura de entendimento”, realçou.
Na cerimónia, D. Rui Valério abençoou o espaço e lembrou a Jornada Mundial da Juventude, um “acontecimento que trouxe a Lisboa pessoas oriundas de todas as proveniências”, observando que nesses dias a capital portuguesa foi “um microcosmos, um lugar onde a diversidade não foi motivo de conflitualidade, de desentendimento”.
“Antes pelo contrário. Nós assistimos aqui a Lisboa a esse milagre, a essa maravilha de ver e constatar como na diferença se constrói unidade”, enfatizou.
Para o patriarca de Lisboa, a inauguração daquele lugar “não é apenas um memorial à paz, mas o Parque Papa Francisco quer ser uma fonte de inspiração para a paz”.
D. Rui Valério desejou que quem frequenta este parque verde “se sinta impelido para que, contemplando o mundo”, emita dali “não só um desejo, mas uma vontade de construir a paz, para que todas as nações façam das suas diferenças, das suas diversidades, não fonte de conflito, mas fonte de unidade e de entendimento”.
LJ/PR