JMJ Lisboa 2023: Superior dos Jesuítas convida a «Magis Future», um movimento global de «reconciliação e justiça»

Padre Arturo Sosa encerrou Magis, atividade de pré-Jornada da Companhia de Jesus, pedindo que «energia» destes dias «não se perca»

Foto: Ponto SJ

Lisboa, 31 jul 2023 (Ecclesia) – O padre Arturo Sosa disse hoje que o programa pré jornada dos Jesuítas, o Magis, e JMJ Lisboa 2023 são “sementes” chamadas a florescer, e para que a energia “não se perca”, que seja criado um «Magis Future».

“Há muito a agradecer por tanto recebido. Mas o vivido tem de ser o começo de algo novo e melhor. Muitos perguntaram-me como continuar esta experiência e eu respondi: esta manhã propus-lhe a iniciativa de «Magis future». Um movimento de jovens inaciano global, uma forma de incendiar e unir corações ao modo de Inácio, procurando apenas o reino de Deus; um movimento para colaborar na missão de reconciliação e justiça, como Deus nos propõe, porque queremos que este mundo continue, que seja um mundo que caminho com fraternidade, com mais futuro e melhor futuro para todos, um futuro para todos os povos”, afirmou hoje o Superior Geral da Companhia de Jesus.

Numa celebração que acolheu, no Colégio São João de Brito, em Lisboa, os cerca de dois mil participantes no Magis e encerrou o programa da Companhia de Jesus antes do início da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, o responsável pela Companhia de Jesus disse que o «Magis Future» é “a versão atual do grito de Inácio”: “Vão incendiar o mundo, e como eu gostaria que ardesse com a força da sua palavra e da sua ação”.

O padre Arturo Sosa pediu “novidade, criatividade e sonho” aos jovens, durante a celebração que evoca a memória liturgia de Santa Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

“Novidade, criatividade e sonho são palavras que encaixam bem na experiência juvenil. Seguramente vão ouvir do Papa Francisco: sonhem, criem com criatividade e vivam com paixão a vida do Espírito. Mantenham a lucidez para não perder a esperança”, convidou.

Os jovens, entre os 18 e os 35 anos, ligados à Companhia de Jesus, chegaram de 82 países, para participar em 80 experiências – 51 em Portugal e 29 em Espanha – focadas em cinco dimensões: Ecologia e Meio Ambiente; Fé e Espiritualidade; Arte e Cultura; Peregrinação e Caminho; Solidariedade e Serviço.

O responsável afirmou que o “Evangelho nunca esconde as dificuldades do caminho” e convidou a que os participantes não fiquem nos momentos partilhados.

“Não podemos ficar apenas nos bons momentos partilhados. Há que seguir a partir daí, sonhando em grande, criar vínculos verdadeiros, unindo todo o ser e a boa formação recebida ao serviço de um mundo melhor, mais reconciliado, mais justo, sem descartados ou migrantes forçados, um mundo onde todos pertencemos, onde todos e todas as pessoas, de qualquer condição, raça, cultura, crença, tenham lugar”, convidou.

O superior da Companhia de Jesus convidou os jovens à “loucura de amor” que conduziu Santo Inácio a criar “pontes” ligando-se “aos jovens, aos pobres do caminho, às prostitutas da cidade, converteu quem encontrava no caminho. Praticava a pobreza e a gratuidade”.

Afirmando que todos são “companheiros de caminho de tantos jovens marginalizados em partes do mundo”, o padre Arturo Sosa convidou a encetar caminho para “que o futuro se torne um lugar de esperança”.

“Portugal sabe muito de missão e de missionários. Enviou missionários aos quatros cantos do mundo – homens e mulheres portuguesas que puseram a melhor formação humana e cientifica ao serviço aqui na Europa natal e ao serviço de muitos, em toda a parte do mundo. O que acresceu, nestes dias, anos depois, entre vocês, deve continuar a crescer. Ao sair desta experiencia Magis, incorporar-se na JMJ e para o mundo, sejamos também missionários, missionários de esperança, onde se encontram loucos por Cristo e pelo seu reino de justiça, paz e amor”, finalizou.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

LS

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