«Que pena ter 77 anos e não 34 para poder acompanhar a gasolina que os jovens receberam» – cardeal Juan Omella
Lisboa, 06 ago 2023 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal de Espanha (CEE) manifestou hoje o sentimento de os peregrinos espanhóis se terem sentido em casa e elogiou o acolhimento português aos “vizinhos do lado”, conforme indicava as camisolas que os jovens vestiam.
“Os jovens transmitiram a alegria de estar todos juntos, unidos com outros companheiros de outras cidades, dioceses e de todo o mundo”, valorizou o cardeal Juan José Omella, de Barcelona, durante uma conferência de imprensa que fez o balanço da participação espanhola na JMJ Lisboa 2023.
O padre Raúl Tinajero, responsável pela Pastoral Juvenil da Conferência Episcopal de Espanhola, destacou o acolhimento do Comité Organizador Local, “de todos que nas paróquias, autarquias e instituições trabalharam para receber tão bem os jovens espanhóis”.
“O balanço é muito positivo. Todos os dias nos diziam que estavam a chegar mais participantes, dia após dia, chegavam sempre mais. Entre tantas JMJ e PEJ que fazemos, nunca vi tantos autocarros”, assinala o presidente da CEE.
O responsável dá conta de ter sentido, nestes dias em Lisboa, uma “mensagem viva de Jesus” que deu força aos jovens.
O cardeal Omella reconheceu no Papa Francisco uma “vitalidade” e “força”: “E pôs-se a trabalhar e a despachar coisas entre os encontros, segundo me disseram”, registou.
“Temos de agradecer ter um jesuíta como ele. A alegria com que trabalha e a forma como valoriza a missão. E empurra os outros para a frente – tu és missionário e protagonista da missão”, indicou.
“E os jovens captaram isso – são protagonistas da ação missionária. “Temos de ver a alegria: os jovens sentiram-se responsáveis e protagonistas, membros ativos da Igreja, onde cabem todos. Só por isso valeu a pena vir aqui, perceber a gasolina que os jovens receberam. A JMJ é uma experiência de alegria, que torna visível os sentimentos. Que pena ter 77 e não 34 para os poder acompanhar”, brincou.
Questionados sobre as principais inquietações que receberam dos jovens durante os momentos «Rise up», o cardeal Omella indicou que os jovens reconhecem o “tesouro” que têm em mãos e se preocupam com a forma de entregar aos outros: “Como transmitir a fé? Como contagiar outros?», é a preocupação dominante, sugeriu.
O presidente da CE de Espanha quis ainda valorizar as palavras de Francisco quando afirmou que a Igreja é “para todos, todos, todos”: “A Igreja é para o pecador, para o santo, com defeitos, sem defeitos, somos todos da mesma família. Ouvi testemunhos nestes dias que me impactaram muito”, finalizou.
LS
